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SEM RAIVA
Ministério da Saúde adquire 30 milhões de doses de vacina contra a raiva animal
A raiva é um vírus que infecta animais domésticos e selvagens e que pode ser transmitida aos seres humanos. A vacinação de animais que podem mediar o contágio pelo vírus, como cães e gatos, é etapa fundamental para a erradicação. Este ano, o Ministério da Saúde destinou R$ 49 milhões para a compra de aproximadamente 30 milhões de doses da vacina contra a doença. Conheça um pouco mais sobre sintomas, prevenção e outras dicas importantes nesta terça-feira (28), quando é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Raiva.
A expectativa da Campanha de Vacinação contra a Raiva 2021, lançada no último sábado (25) no município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, é de vacinar cerca de 25 milhões de cães e gatos. Cada estado define seu cronograma de ações e solicita quantitativo de doses das vacinas mensalmente ao Ministério da Saúde, conforme as demandas e necessidades de cada região.
As vacinas são fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Basta o tutor levar o animal de estimação ao posto de saúde mais próximo vacinação indicado pelo município com documentos pessoais e, preferencialmente, com a carteira de vacinação do pet. “Essa é uma importante ação de saúde pública, na qual queremos atingir uma cobertura vacinal acima de 70% entre cães e gatos, e as secretarias estaduais e municipais de saúde têm um papel fundamental para atingirmos essa meta para controle da doença em humanos e animais”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros
Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ações para que não haja mais casos até 2030. A cooperação técnica entre Brasil e Bolívia para eliminar a raiva humana transmitida por cães teve início em 2017, por tempo indeterminado de duração. Neste ano, nenhum caso de raiva humana foi registrado e ocorreram apenas quatro casos em cães ocasionados pela variante de animais silvestres - um no Ceará, um no Rio de Janeiro, um em Pernambuco e um na Bahia. Além disso, de 2010 a 2020 foram registrados 39 casos de raiva humana, dos quais nove tiveram o cão como animal agressor, 20 foram por morcegos, quatro por felinos e seis por animais silvestres. Ano passado, a cobertura vacinal canina contra a raiva era de 66,2%
Nas regiões da fronteira Brasil/Bolívia não há casos de raiva desde a década de 90. Entre 2006 e 2009, houve fortalecimento das ações de vigilância, prevenção e controle da raiva na região.
Dicas importantes
Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para pessoas e animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença. Também é importante evitar aproximação de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar neles, sobretudo quando eles estiverem se alimentando ou dormindo. Além disso, nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Se você for agredido por um animal, lave o ferimento abundantemente com água e sabão e passe um antisséptico. Mas isso não é o suficiente. É fundamental procurar assistência médica e informar detalhes do acidente ao profissional de saúde, se o animal tem dono, o local do acidente, entre outros.
Os sintomas iniciais são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre ou dor de cabeça, mas com o avanço da doença também podem ocorrer alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar a pessoa à morte.
Gustavo Frasão
Ministério da Saúde
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