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MISSÃO DIPLOMÁTICA
Em visita ao IEC, Queiroga reforça apoio do Governo Federal em pesquisa e vigilância em saúde no Brasil
Ao lado do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e outras 20 autoridades, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou as instalações do Instituto Evandro Chagas (IEC). A visita aconteceu nesta sexta-feira (10) e faz parte das ações do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). A instituição tem papel importante no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao meio ambiente, vigilância em saúde e virologia.
O encontro aconteceu em Belém, no estado do Pará, com a presença de embaixadores de 10 países. Entre as embaixadas representadas estão as da Angola, Espanha, França, Índia, Japão, Paraguai, Reino Unido, Suíça, União Europeia e do Uruguai
O objetivo principal da agenda foi apresentar projetos e ações empreendidos pelo Governo Federal na proteção, preservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal.
A proposta atende à diretriz do CNAL, que foi reativado há um ano, com objetivo de apoiar ações de promoção da imagem do Brasil no exterior quanto à temática Meio Ambiente. Instituído em 1993, o Conselho da Amazônia tem a função de integrar ações federais na região amazônica, incluindo articulação com estados, municípios e sociedade civil.
Durante o encontro, o ministro Marcelo Queiroga e as autoridades tiveram a oportunidade de conhecer as seções científicas do instituto que atuam com pesquisas em Meio Ambiente, Virologia, Arbovirologia, Febres Reumáticas e Centro de Primatas. O foco da visita foi apresentar o que os pesquisadores do IEC têm feito para proteger o meio ambiente e a saúde da população brasileira.
Desde o início do ano, foram repassados 56,6 milhões para o instituto. Ao longo de 2020, o IEC recebeu do Ministério da Saúde repasses que totalizaram o montante de mais de R$ 91 milhões para a realização de ações estratégicas. Em 2019, o investimento chegou a mais de R$ 80 milhões. Assim, o Instituto desenvolveu 220 projetos, realizou 281 pesquisas, criou 20 produtos de pesquisa e 46 novas linhas de pesquisa.
O ministro reforçou o compromisso do Governo Federal em ciência, pesquisa e vigilância em saúde. “Vamos continuar investindo na pesquisa, fortalecendo o nosso sistema de saúde, apoiando os nossos pesquisadores. Agora em julho, o Ministério da Saúde editou uma portaria que considera o Instituto Evandro Chagas como instituto de ciência, tecnologia e inovação. Para que este instituto possa firmar parcerias com outros países, a exemplo dos países amigos que estão aqui hoje, como Reino Unido, França, Índia, Japão, Suíça, e a União Europeia”, afirmou.
"O Instituto Evandro Chagas desenvolve pesquisas em torno da rica biodiversidade da Amazônia, e consequentemente permite que a população daqui tenha emprego e renda para que possa viver com dignidade. Gostaria de parabenizar por esse trabalho extraordinário, pois o conhecimento é a chave de tudo", afirmou o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante a visita ao IEC.
Os pesquisadores do IEC elaboraram 145 artigos científicos dentre os quais destacam-se o relato sobre Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica relacionada à Covid-19, o primeiro relato de infecção canina por Leshmania Guyanesis na Amazônia e o desenvolvimento de um dispositivo para detecção de mercúrio no ar.
Ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o IEC atua com ciência, tecnologia e inovação em saúde na Amazônia há mais de 85 anos. O órgão é a primeira instituição cientifica da região que atua em diversos braços da vigilância em saúde, incluindo estudos do meio ambiente.
IEC no combate à Covid-19
Atuação do Instituto Evandro Chagas no combate à Covid-19 começou em fevereiro do ano passado quando uma equipe do instituto participou da operação Regresso à Pátria Amada Brasil, uma ação interministerial com objetivo de repatriar os brasileiros que moravam em Wuhan, na China, onde se teve notícia dos primeiros casos de Covid-19.
Logo no início da pandemia, o IEC capacitou profissionais de Laboratórios Centrais de 14 estados e do Distrito Federal a fim de aumentar a capacidade de resposta laboratorial para o diagnóstico da COVID-19. Foi também o Instituto que fez a detecção molecular do primeiro caso de COVID-19 no Pará.
Dentre outras ações do IEC no combate à pandemia estavam a criação de um vídeo com informações sobre o teste RT-PCR para a identificação do vírus SARS-CoV-2; as atividades de vigilância genômica em amostras oriundas de estados do Nordeste e da Região Amazônica brasileira; e o isolamento viral de SARS-CoV-2 em cultivo celular.
Em parceria com a Santa Casa de Misericórdia do Pará, o IEC descreveu o primeiro caso de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à COVID-19 no Brasil. Em janeiro deste ano, o IEC passou a integrar o projeto da Rede Nacional de Sequenciamento Genético para Vigilância em Saúde, trabalho que fez o instituto detectar os primeiros casos da variante Delta e Gama no Pará.
“O primeiro caso de variante Delta, foi identificado no Instituto Evandro Chagas. Mostrando o compromisso que nós temos com a vigilância genômica de qualidade. Para detectar não só essas variantes que nós conhecemos, entre elas a variante Gama, que tanto mal causou a nossa população e outras que podem existir”, disse o ministro Queiroga durante a visita.
Fernando Brito
Ministério da Saúde