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SETE DE SETEMBRO
Dia do Epidemiologista de Campo
O movimento global #WorldFieldEpidemiologyDay, para reconhecer a conscientização e importância da atuação dos epidemiologistas de campo na proteção da saúde das populações, vai marcar a comemoração pela primeira vez, em 7 de setembro, do Dia Mundial da Epidemiologia de Campo. Durante a data também será feito alerta na defesa do investimento em desenvolvimento, pesquisa e treinamento de profissionais.
A epidemiologia de campo ganhou visibilidade durante a pandemia da Covid-19, mas desde 2000 está em atuação projeto desenvolvido no Brasil, pelo Ministério da Saúde: o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS). Nele, os profissionais são capacitados para realizar investigações de surtos e outros trabalhos de campo, além de avaliarem sistemas de vigilância e pesquisa em serviço e desenvolverem capacidade técnico-científico para a resolução de problemas de saúde pública.
”O EpiSUS é um programa de treinamento em serviço, com predominância de atividades práticas, enfoque no raciocínio epidemiológico, análise de dados, detecção, resposta e comunicação”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros. “Os profissionais atuam na vigilância e resposta de maneira transversal, trabalhando com doenças transmissíveis, crônicas, acidentes, violências, saúde ambiental do trabalhador. A essência do EpiSUS é aprender fazendo”, explicou.
Desde a criação, o programa formou mais 2 mil epidemiologistas de campo, profissionais de saúde aptos a realizar ações de preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública, nas três esferas de gestão.
Turmas do Episus
Atualmente, no nível avançado, o EpiSUS tem 15 turmas finalizadas com 149 egressos e duas turmas em andamento. No total, foram 395 trabalhos de campo, sete colaborações internacionais e mais de 170 publicações técnico-científicas. Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, foram realizadas 18 investigações e, em 2021, foram 12 investigações até o momento.
Já o nível fundamental ou frontline, implementado no ano de 2017 e com mais de 1300 egressos, participou de 59 investigações de campo, sendo dez em parceria com o nível avançado do programa, apresentando mais de 100 trabalhos, resultado das investigações e avaliações de sistemas de informação.
O nível intermediário, implementado no ano de 2019, possui cerca de 800 alunos em treinamento híbrido, por meio da parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Trabalho importantíssimo para saúde pública, os epidemiologistas de campo são responsáveis por detectar e investigar surtos e epidemias, atividade que nos últimos anos ganhou grande visibilidade, especialmente durante a pandemia de Covid-19”, ressaltou o secretário Arnaldo Medeiros.