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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Oficina sobre o financiamento da atenção primária à saúde movimenta Salvador
Foto: Divulgação MS
Gestores e trabalhadores da atenção primária à saúde da Bahia se reúnem, nos dias 21 e 22 de outubro, para capacitação sobre o financiamento da atenção primária e em busca da melhoria dos serviços prestados à população. A iniciativa do Governo Federal reúne os três entes federados e também possibilita espaço de escuta sobre as atuais oportunidades e desafios do estado quanto à captação de recursos.
O evento aconteceu de forma híbrida, nos links https://youtu.be/-71kL0RKdmg e https://youtu.be/OrZ0Edgqv0Q, e também presencialmente - de forma limitada, para atender às normas sanitárias locais. No primeiro dia, as vagas disponibilizadas foram esgotadas por participantes que contaram com mais de vinte técnicos ministeriais envolvidos na organização da oficina, tendo sido dez deles encaminhados presencialmente para o estado.
“Eles vieram para responder às dúvidas locais e para a escuta dos gestores, garantindo também a possibilidade de melhora das políticas elaboradas a nível federal, afirmou o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara. Segundo o representante do governo federal, a oficina, que acontecerá em todos os estados brasileiros até dezembro, aproxima os entes e revela as potências e desafios de cada região: “temos aqui um dos maiores estados do Brasil, além de um grande número de municípios. Nesses dois dias, ouviremos a todos e também faremos a função precípua do governo federal, que é a de capacitar, fomentar as políticas e dar apoio aos estados e municípios”.
Ainda de acordo com o secretário, é precisamos que o estado garanta bons indicadores e a inserção consistente dos dados. “Eu e o ministro Queiroga congratulamos a Bahia e pedimos que todos fiquem atentos à importância das equipes de saúde da família e aos investimentos feitos para um melhor resultado na ponta”, finalizou.
A importância da oficina também foi destacada pela presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde da Bahia, Stela dos Santos de Souza - também diretora do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e secretária municipal de Saúde de Madre de Deus: “eu parabenizo o MS pois essa proposta, em parceria com o Conasems, é o momento em que nós, gestores e técnicos municipais, temos a oportunidade de colocar as nossas dúvidas. A proposta do Previne não é só financiamento, ela é muito mais que isso, ela é uma atenção à nossa população, um aprimoramento do modelo de APS. E talvez os municípios estejam até realizando essa atenção, mas não conseguindo trazer a informação”.
O diretor da Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, José Cristiano Soster, acredita na oficina como espaço para aprendizado, troca e aperfeiçoamento: “a previsão que temos para esse evento do Previne Brasil é a de ter um dialogo franco com o Ministério da Saúde, trazer um panorama do estado considerando esse contexto pandêmico, e também aprender com tudo o que ele, os estados e municípios conseguiram avançar“.
Já a secretária substituta de atenção primária do Ministério da Saúde, Daniela Ribeiro, fez um apelo: “nessas oficinas, quando a gente for discutir orçamento e regras, vamos lembrar que não estamos discutindo regras, portarias e normas. Estamos discutindo saúde e acesso, e nós, profissionais da saúde, devemos estar comprometidos”.
O que dizem os participantes
Andreia Souza, técnica da APS do município de Wenceslau Guimarães
“É um momento bem enriquecedor. Foram muitas mudanças e elas vieram concomitantemente a uma pandemia, quando tivemos que avançar inicialmente e depois recuar por conta das outras demandas. E agora as coisas voltam aos poucos a funcionar e aos poucos também voltamos a ser cobrados com relação as metas, então é momento oportuno pra discutir e pra gente tentar mudar e melhorar estratégias pra atender aos nossos objetivos“.
Juliana Carneiro, assessora e consultora em saúde de Monte Santo, Pé de Serra e Tanquinho.
“A oficina traz pra gente informações pertinentes para que saibamos como direcionar os profissionais de saúde, agentes comunitários de saúde, médicos, enfermeiros e técnicos para que os dados sobre os indicadores sejam inseridos da melhor maneira possível e que a gente consiga atingir o que é proposto acima de tudo que é ter viabilidade econômica para que o serviço funcione. A oficina nos ajuda a entender para onde caminhar nesse processo“.