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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Municípios goianos participam da Oficina Previne Brasil
Crédito: Paula Bittar
A Oficina Previne Brasil segue país adentro para capacitar mais e mais gestores municipais de saúde sobre as regras do financiamento da Atenção Primária (APS). E o estado que recebeu os técnicos do Ministério da Saúde nesta terça-feira (5/10) foi Goiás. Além de tirar as dúvidas sobre como captar mais recursos federais, o encontro presencial auxilia, também, na organização e na qualificação dos serviços.
Para o secretário da Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, a agenda permite ouvir relatos diversos sobre as realidades de cada região do estado. "Não achem que essa escuta seja perda de tempo. Mudamos o Previne para atender as demandas municipais", explicou, referindo-se à pactuação feita na Comissão Intergestores Tripartição (CIT) de agosto deste ano. "Se houver necessidade de novas mudanças, vamos novamente adequar juntos", reforçou.
As falas durante a abertura do evento seguiram reforçando o tom de construção em conjunto do financiamento da APS. A repetição não é a toa, como lembrou Hishan Hamida, diretor financeiro do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pois muitos gestores acreditavam que o Previne Brasil acabaria com a Atenção Primária. "Em 2019, na mudança do modelo tradicional para o Previne, houveram falas sobre desmonte e fim da estratégia de saúde da família. Depois de dois anos, conseguimos ver o contrário: aumento de cobertura e número de equipes", ponderou Hamida.
O secretário Estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, destacou a relevância da oficina por possibilitar a discussão do financiamento da Atenção Primária com quem a executa. Ele acentuou que a APS é coordenadora do cuidado e, justamente por isso, precisa ter protagonismo, ser eficiente e resolutiva. “O médico da família, generalista ou outro que esteja atuando na atenção primária tem de ter olhar no ser humano, conhecer o seu território, integrar com a equipe e conhecer de fato de quem ele cuida”, sublinhou.
Alexandrino encerrou a mesa de abertura da capacitação reafirmando como se dá o trabalho dos três entes federativos. "Precisamos entender que o SUS se constrói com planejamento e em cima de uma base de escuta qualificada e de diálogo. Por isso, as esferas de pactuação são importantes", destacou.
O encontro na capital goiana é a sétima oficina. A agenda itinerante está sendo feita em parceria com o Conasems, com os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) de cada estado e também com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Participaram da abertura da oficina Sebastiao Donizete, superintendente do MS em Goiás, Jurandir Frutuoso, representando o Conass remotamente, Sandro Botelho, superintendente de Atenção Integral à Saúde de Goiás, Veronica Wottrich, presidente do Cosems Goiás, Eliane Fernandes, gerente da APS em substituição do estado, e Durval Pedroso, secretário de saúde de Goiânia. Acesse as fotos.