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DE VOLTA AO BRASIL
Congresso Mundial de Cardiologia: Brasil vai sediar maior evento sobre saúde do coração em 2022
Mais de duas décadas depois sediar o maior evento relacionado ao coração no mundo, o Brasil será o anfitrião do Congresso Mundial de Cardiologia, em 2022. O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para o evento, realizado pela Federação Mundial do Coração (WHF - World Heart Federation, em inglês), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), com o objetivo de promover a saúde, além da conscientização para a prevenção de doenças cardiovasculares.
Por causa da pandemia, as duas últimas edições do congresso foram feitas totalmente on-line. A edição do ano que vem será a primeira com interações de forma presencial, no formato híbidro. Alguns participantes e especialistas participarão de forma remota.
"Planejávamos há muito tempo. Agora, esse evento se torna realidade e será, com certeza, um dos maiores eventos da cardiologia mundial, desta vez presencial. Isso tem um impacto muito grande por conta das doenças cardiovasculares, que são um problema de saúde pública global e que, durante esse período pandêmico, foram negligenciadas", disse o ministro Marcelo Queiroga durante encontro com o presidente da WHF, Fausto Pinto, nesta terça-feira (26), em Lisboa.
Uma série de assuntos prioritários serão debatidos no congresso, como o tabagismo, o colesterol alto, a doença de chagas, o diabetes, a insuficiência cardíaca e a hipertensão. Na última vez em que o país sediou o evento, em 1998, os participantes se reuniram para debater os mais diversos temas relacionados às doenças cardiovasculares.
Nos últimos dois anos, os cinco continentes tiveram que enfrentar os impactos da pandemia de Covid-19. Portanto, as síndromes pós-Covid também serão objeto de discussão. Pacientes cardíacos fazem parte do grupo de risco da doença, além disso, a literatura médica tem observado a manifestação de problemas cardíacos associados ao coronavírus.
A Cidade Maravilhosa foi escolhida para receber a edição do ano que vem. A expectativa de público para essa edição é ainda maior em relação à primeira vez em que o Brasil sediou o congresso: são esperadas 30 mil pessoas.
"Será um prazer ver a SBC se juntar a nós e a toda a comunidade do sistema cardiovascular, em outubro de 2022, no Rio de Janeiro, onde a saúde mundial terá destaque. Esse será o primeiro Congresso Mundial de Cardiologia totalmente híbrido, com um programa completo de sessões presenciais e virtuais. Junte-se a nós no Rio em 2022! Nos vemos no Brasil!", convidou o presidente da WHF, professor Fausto Pinto.
Queiroga elogiou o trabalho do colega à frente da WHF e disse que espera encontrá-lo no ano que vem para que a entidade, junto às sociedades científicas dos outros países e, com o apoio do Ministério da Saúde, possam enriquecer o debate sobre as doenças cardiovasculares.
"Em 1998, eu tive o prazer de participar do Congresso Mundial de Cardiologia, que aconteceu no Rio de Janeiro. Hoje, a história se repete. Novamente, o Rio de Janeiro será sede do congresso mundial nessa reentrada dos eventos presenciais. Desejo sucesso para que a organização faça desse evento aquilo que pensamos dele, com promoção à saúde, discussão da assistência especializada na área cardiológica, inovações como a telessaúde aplicada na cardiologia e, sobretudo, com muitos temas livres oriundos dos diversos países do mundo", finalizou Queiroga
Cuidados com o coração
Todos os anos 18,6 milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças cardiovasculares, o que representa 31% do total de óbitos. O objetivo comum dentre os cardiologistas de todas as nações é levar acesso à informação, cuidados e tratamento que cada ser humano precisa para manter o coração saudável. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece toda a assistência de forma integral, desde a prevenção na Atenção Primária até tratamentos e procedimentos de alta complexidade.
De condições hereditárias a hábitos de vida e contextos sociais e ambientais, as causas das doenças relacionadas ao sistema circulatório são diversas. Iniciativas como o combate ao tabagismo, à obesidade e o incentivo a atividades físicas e alimentação saudável podem ajudar a saúde do coração e vem sendo incentivadas pelo Ministério da Saúde.
Iniciativas de combate ao fumo promovidas pelo Ministério da Saúde são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos últimos 15 anos, o consumo de tabaco reduziu em mais de 40% e pôde ser observado em todas as faixas etárias. Quanto à obesidade, outro fator de risco, o governo tem incentivado campanhas e destinado recursos para combater os males do sobrepeso, tanto em crianças quanto em adultos.
Aos que já sofrem com doenças como a hipertensão, o Governo Federal distribui gratuitamente os remédios que fazem o controle da pressão arterial.
Ministério da Saúde