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Brasil e Colômbia trocam experiências no enfrentamento à pandemia e discutem formas de cooperação
- Foto: Myke Sena/MS
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e seu homólogo da Colômbia, Fernando Ruiz Gómez, reuniram-se na terça-feira (19) para trocar experiência de como os dois países têm enfrentado a pandemia da Covid-19 e discutir possibilidades de cooperação, em especial na área de produção de vacinas. Gómez acompanha a comitiva do presidente colombiano, Iván Duque Márquez, que cumpre agenda em Brasília (DF) durante visita oficial ao Brasil.
Na Colômbia, segundo Gómez, a variante da Covid-19 que predominou entre as amostras coletadas em pessoas infectadas foi a Mu, ao passo que o Brasil sofreu com a disseminação da variante Gama, inicialmente detectada no estado do Amazonas. Ambas as nações viram os números de óbitos e casos diminuírem com o avanço de suas campanhas de vacinação.
"Nós investimos no acesso a potenciais vacinas mesmo antes de o primeiro imunizante ter seu registro aprovado. E foi uma estratégia que deu certo. Aqui eu destaco o nosso acordo de transferência de tecnologia entre o laboratório Astrazeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que nos permite a produção de vacinas 100% nacionais. Também adquirimos vacinas junto ao Instituto Butantan e a farmacêuticas multinacionais, como a Janssen e a Pfizer”, disse Queiroga.
O ministro brasileiro ainda destacou que sem investimento público, apenas com a garantia de um ambiente de negócios saudável e seguro, recentemente a Pfizer anunciou parceria com a empresa brasileira Eurofarma para a produção de vacinas no Brasil. “Isso só é possível porque a empresa confia em investir no nosso país", ressaltou.
Gómez elogiou o investimento brasileiro na produção de vacinas e a importância histórica do Programa Nacional de Imunização (PNI). "Nós não produzimos vacinas e gastamos milhões de dólares todos os anos para a importação de imunizantes. Queremos fazer como o Brasil, que há anos investe e continua investindo no desenvolvimento de vacinas e medicamentos", disse o colombiano.
Queiroga e Ruiz se comprometeram com a promoção de projetos conjuntos para a formulação de estratégias e tecnologias contra a Covid-19 e o desenvolvimento de capacidades locais e regionais de produção de vacinas para os países da região. Os dois também concordaram em continuar trabalhando no âmbito de mecanismos regionais, como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Fórum para o Progresso e Integração da América do Sul (PROSUL) para fortalecer a capacidade de resposta e preparação da América Latina para atual e futuras pandemias.