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COMBATE AO AEDES
Rio Grande do Sul registra aumento no número de casos de dengue e chikungunya
Com a proximidade do verão e o aumento no volume das chuvas em algumas regiões do Brasil, o ambiente fica mais suscetível para a reprodução do Aedes aegypti, vetor de três doenças que merecem alerta: dengue, chikungunya e zika. Para intensificar e fortalecer o combate ao mosquito, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (30), a campanha “Combata o mosquito todo dia” para incentivar os brasileiros a colocarem na rotina uma iniciativa que pode salvar vidas.
No Sul, a maior incidência de dengue foi registrada no Rio Grande do Sul, terceira unidade federativa com maior aumento no número de casos no País, com uma variação de 152,1%, de acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde. Em 2021, o estado registrou 9.978 casos da doença, enquanto em 2020, foram 3.958 casos do tipo. A taxa de positividade por sorologia foi de 53,6%, maior que a média de 34,5% registrada no Brasil neste ano.
Os gaúchos também estão entre os brasileiros que enfrentaram aumento nos casos de chikungunya, com 317 notificações em 2021, contra 48 em 2020, o que representa uma variação de 560%. Em 2021, foram registrados, ainda, 81 casos de zika.
Para conter esse avanço da doença no estado e em todo o País, a campanha do Ministério da Saúde tem como objetivo informar e mobilizar gestores públicos, profissionais de saúde e toda sociedade sobre a importância de intensificar e manter por todo o ano as ações de eliminação de focos do mosquito. A intenção é evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus transmitidos pelo vetor.
Números gerais
Apesar do aumento nos casos do Rio Grande do Sul, o Brasil registra tendência de queda no número de casos e óbitos por dengue em 2021 em comparação com o ano anterior. Até novembro, foram notificados 494.992 casos, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212, enquanto 2020 registrou 564 óbitos.
Com relação aos casos e óbitos pela chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (9 mil), respectivamente.
Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, zika e chikungunya, Zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no país. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de Zika, em relação ao ano anterior, foram as regiões Norte (28,3%) e Sul (36,6%).
Medidas adotadas pelo Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde tem tratado as arboviroses com prioridade, ainda que enfrentando uma pandemia como a da Covid-19. A pasta tem dado apoio técnico, além da oferta de insumos para o combate ao vetor. Até novembro deste ano, foram adquiridos mais de 80 milhões de tabletes do larvicidas, dos quais, mais de 21 milhões já foram distribuídos aos estados e ao Distrito Federal. A expectativa é que em 2022 sejam adquiridos mais de 84 milhões de tabletes.
Além disso, mais de 277 milhões de litros do adulticida foram adquiridos e 165 milhões de litros distribuídos às unidades federadas. Outra medida adotada pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de mais de 22 mil quilos do inseticida utilizado em pontos estratégicos. Desses, mais de 5 mil quilos foram distribuídos.
Ações para combate ao mosquito
Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada. Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.
Ministério da Saúde