Notícias
DENGUE
Equipe do Ministério da Saúde vai ao Acre para apoiar ações de controle das arboviroses
Uma equipe do Ministério da Saúde está no Acre para ações emergenciais de controle das arboviroses no estado. A força-tarefa do Acre vai traçar estratégias de controle do vetor Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Mais de 20 profissionais de controle vetorial, cedidos pelo Governo do Distrito Federal, farão visitas técnicas. As ações começaram no último dia 15 e terminam no dia 29/3.
A ação está focada em municípios com maior incidência das doenças, principalmente a dengue, com aumento de casos no estado em 2021. As equipes se concentrarão na capital Rio Branco e nos municípios da Região do Alto Acre - Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. O critério para escolha dessas cidades se baseou no cenário epidemiológico, como a incidência de casos e risco de ocorrência de surtos e epidemias.
A força-tarefa conta também com apoio de dois técnicos da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (SES/RO). Além disso, o estado emprestou duas máquinas de UVB pesado, conhecido como “fumacê”, para intensificar as ações emergenciais do controle da dengue no Acre.
“O Ministério da Saúde está aqui para dar todo o apoio que o estado precisa nesse momento de crise”, destacou a coordenadora de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Noely Moura, que está na comitiva.
Noely destacou ainda a importância do papel da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde nesta articulação. “Esta é uma ação integrada do Ministério da Saúde, estados, municípios e Opas para apoiar e orientar as equipes locais no enfrentamento das arboviroses, contribuindo assim para a diminuição no número de casos”.
AÇÕES CONTRA DENGUE
Para apoiar o Acre nas ações de controle das arboviroses, o Ministério da Saúde irá doar equipamentos de aplicação de inseticidas e de proteção individual (EPI). A doação está prevista para chegar ao estado até abril.
O Ministério da Saúde distribuiu, neste ano, para o Acre, 520 sachês do inseticida residual Fludora, (totalizando 52 kg do produto), 4 mil litros do inseticida Cielo, e 400 kg do larvicida Pyriproxyfen para tratamento dos criadouros. Esses insumos serão usados na ação emergencial da Força Tarefa do estado.
As ações realizadas no Acre são fruto de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre, as Secretarias Municipais de Saúde de Rio Branco, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-Acre) e a Organização Pan Americana de Saúde (Opas).
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO ACRE
Atualmente, o estado está em uma situação crítica devido ao aumento no número de casos de dengue. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, dos 22 municípios do estado, 20 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A situação se agravou ainda mais por conta da cheia de rios, da pandemia de Covid-19 e da crise migratória.
Até o dia 27/2, semana epidemiológica 8 de 2021, foram registrados 9.326 casos prováveis, representando um acréscimo de 187% (3.249), em comparação ao mesmo período do ano anterior (SE 8 de 2020).
Foram confirmados 14 casos de dengue com sinais de alarme nos municípios de Rio Branco (10), Cruzeiro do Sul (2), Acrelândia (1) e Manoel Urbano (1). Até o momento, o estado não registrou óbitos pela doença.
O município de Tarauacá apresentou a maior incidência do estado, com 5.191,07 casos por 100 mil habitantes, seguido de Xapuri (2.291,28 casos/100 mil hab.), Assis Brasil (2.150,25 casos/100 mil hab.), Brasiléia (1.449,33 casos/100 mil hab.), Bujari (1.103,65 casos/100 milhab.), Senador Guiomard (1.054,40 casos/100 mil hab.), Rio Branco (1.000,44 casos/100 mil hab.), Porto Acre (887,17 casos/100 mil hab.) e Acrelândia (826,34 casos/100 mil hab.).
Mais informações podem ser acessadas no Boletim Epidemiológico nº 8.
DICAS DE PREVENÇÃO
Em menos de 15 minutos é possível fazer uma varredura em casa, realizando toda a higiene e limpeza necessárias para evitar a proliferação do mosquito. Para isso, é preciso eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do Aedes aegypti.
É importante lembrar de tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Ministério da Saúde
(61) 3315-3587 / 3580