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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Dia Nacional da Pessoa com Esquizofrenia: doença, que tem tratamento, ainda é cercada de tabus
Nesta segunda-feira (24/05), é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Esquizofrenia. A data visa contribuir para a quebra de distorções sobre a doença e destacar que ela tem tratamento, que se oferecido adequadamente, a pessoa pode superar os sintomas e ter qualidade de vida. [LRdF1]
A esquizofrenia é caracterizada pela dissociação do que é real e o que é imaginário por parte do indivíduo. São as alucinações, que constituem alterações da percepção como “ouvir vozes”, ter visões e sensações que outras pessoas não têm; e os delírios, que são crenças que não são compartilhadas por outras pessoas, fora da realidade, mas até para o paciente parecem reais e não mudam se os confrontarmos (com temas como perseguição, religiosidade/místicos, ruína, grandeza, etc). Esses delírios e alucinações podem impactar o comportamento da pessoa no dia a dia e dificultar o relacionamento interpessoal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 15 e 44 anos, considerando-se todas as doenças. Afeta cerca de 1,6 milhão de brasileiros que, além da doença, sofrem com o estigma.
O Ministério da Saúde apresenta dados que reforçam o compromisso da pasta para com o reconhecimento e atendimento especializado[LRdF2] a esse público. Diante da complexidade dos problemas no campo da saúde mental, álcool e outras drogas e as diferentes necessidades apresentadas pelas pessoas com transtornos mentais, o SUS oferece estabelecimentos, serviços e ações diversificadas, como estratégia para favorecer o cuidado integral dessas pessoas.
Em 2020, a pasta habilitou 321 serviços de saúde mental, um investimento de mais de R$ 76,3 milhões. Anualmente, o ministério também aplica mais de R$ 794 milhões para o custeio dos 2.731 centros que integram a Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
O tratamento para a esquizofrenia no SUS passa principalmente pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), onde as pessoas são acolhidas, sejam elas referenciadas ou por meio de demanda espontânea.
O Brasil ainda conta com atendimento nas 42 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), 144 consultórios de rua e mais de 13,8 mil leitos disponíveis em hospitais psiquiátricos. Apenas em 2020, o Brasil realizou mais de 175 milhões de atendimentos para pessoas com diagnóstico de esquizofrenia.
Veja aqui o mapa da rede de atenção psicossocial
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Por Agência Saúde