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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Brasil registra queda nas mortes de gestantes por hipertensão e hemorragia
Hipertensão, hemorragia e síndromes infecciosas estão entre as principais causas de óbitos de grávidas no Brasil. Dados preliminares do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) mostram que acompanhamento do pré-natal e de puerpério realizados por profissionais de saúde, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), têm levado à diminuição no número de vítimas por essas doenças.
Neste 28 de maio, em que é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, o Ministério da Saúde reforça o compromisso quanto à assistência a essa população. A pasta tem disponibilizado apoio institucional aos gestores, profissionais de saúde e usuários (as) do SUS para a necessidade de promover, proteger, dar suporte, acesso e qualidade à saúde das gestantes e puérperas. A redução da mortalidade materna permanece um grande desafio da saúde.
As principais recomendações incluem a manutenção rigorosa das consultas de pré-natal feitas na APS nos casos de gestantes de risco habitual, e na Atenção Especializada nos casos de gestação de alto risco, bem como o isolamento vertical das gestantes, uso de máscara e higiene respiratória a fim de enfrentar especialmente o contexto de pandemia.
De acordo com os dados do SIM, em 2020, o país registrou 302 mortes maternas por hipertensão, frente a 317 em 2019. Já sobre mortes por hemorragia, 176 mulheres perderam a vida no ano passado, 19 a menos que em 2019. Em relação a infecções no período puerperal (45 dias depois do parto), o Brasil registrou 77 mortes em 2020, leve alta em relação a 2019 (69). Os dados sobre 2020 ainda são preliminares.
Segundo o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), de março a dezembro de 2020, ocorreram 551 óbitos em mulheres que se encontravam no período gravídico puerperal.
Óbitos por Covid-19
Em 2021, até a Semana Epidemiológica (SE) 20, dos 864.276 casos de SRAG hospitalizados, 7.432 (0,9%) foram gestantes. Do total de gestantes hospitalizadas por SRAG, 4.860 (65,4%) foram confirmados para covid-19. Do total de casos de SRAG notificados em gestantes (7.432) com início de sintomas até a SE 20, 594 (8,0%) evoluíram para óbito
Câmara Técnica Assessora em Mortalidade Materna
Com o objetivo de intensificar as ações para a redução da mortalidade de gestantes e puérperas por infecções e outras situações de risco, o Ministério da Saúde instituiu um grupo técnico voltado ao tema. A Câmara, criada por meio de portaria da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), atuará junto às áreas especializadas do Ministério e fará recomendações e diretrizes para o enfrentamento das altas taxas de mortalidade de grávidas que ainda afetam o país.