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Saúde Indígena
Saúde Indígena passa a integrar a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta do SUS
Saúde Indígena passa a integrar a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta do SUS.
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde passa a integrar a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta do Sistema Único de Saúde (Rede VigiAR-SUS) que coordena a vigilância qualificada de doenças e seus agravos. É a Rede Vigiar-SUS que emite alerta de riscos e ameaças à saúde e resposta integrada às emergências em saúde pública. A iniciativa nasceu da necessidade de apoiar Estados e Municípios em estratégias de Vigilância da Covid-19, ponto crucial na resposta à atual pandemia.
Os Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) compõem a Rede Vigiar-SUS que é coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)/Ministério da Saúde. Os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal têm CIEVS, atuando como sentinelas para eventos em saúde pública e ampliando a capacidade de detecção precoce e da rápida resposta às emergências. Esta é a primeira vez que a SESAI, juntamente a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), com apoio da Fiocruz e da Fiotec, inicia as estratégias de ampliação e fortalecimento dos CIEVS para dentro dos DSEI. Cada um dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) terá uma sala exclusiva para abrigar o CIEVS.
A implantação do CIEVS nos 34 DSEI vai reestruturar a vigilância epidemiológica, integrar os DSEI com os setores de vigilância dos estados e municípios, e aprimorar coleta, análise de dados e monitoramento de eventos de saúde pública ao trabalho dos DSEI.
Implantação
Desde maio desse ano, a SESAI prepara a implantação dos CIEVS nos DSEI. A Nota Técnica 16/2021 foi feita para orientar os distritos sobre a implantação das unidades dos CIEVS em suas sedes. A nota propõe o estabelecimento de mecanismos eficientes de comunicação das potenciais emergências em Saúde Pública, utilizando sistemas de informações oficiais. Com base nas informações da Nota Técnica, os DSEI poderão realizar análises de situação de saúde não apenas relacionadas à covid-19, mas também àquelas doenças que precisam ser notificadas obrigatoriamente.
Como etapa da implementação dos CIEVS, no momento, o ponto focal e o apoiador CIEVS nos DSEI estão cursando o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS).
A SESAI já realizou, em 26 de maio, informes e boletins epidemiológicos dos DSEI, apresentados em cooperação com os pontos focais da Covid-19. A elaboração destes documentos permite a construção de um padrão nacional a ser publicado periodicamente pelos DSEI, considerando a covid-19 e os principais agravos de notificação compulsória que compõe o perfil epidemiológico de cada Distrito.
Durante o mês de junho, em três datas diferentes, foi realizado o curso: Detecção de Rumores utilizando a Plataforma Epidemic Intelligence from Open Sources (EIOS), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda em junho, a implementação dos CIEVS será pauta das reuniões da administração central da SESAI com os coordenadores dos DSEI.
Para o Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva, a integração da SESAI à Rede VigiAR-SUS representa um avanço na captação de informações epidemiológicas na Saúde Indígena. “As informações da Saúde Indígena estarão disponíveis com mais agilidade e precisão, facilitando a tomada de decisão para eventuais respostas às situações de emergências de Saúde Pública entre os povos indígenas” afirmou Robson.
Por Murilo Caldas/ Nucom SESAI