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COMBATE À PANDEMIA
Ministro se reúne com diretor-geral da OMS para debater soluções para mais vacinas
- Foto: Walterson Rosa/MS
Para debater formas de garantir o avanço da imunização, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu por videoconferência com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom nesta terça-feira (13).
Também participaram do encontro a Diretora-Geral da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne; a Diretora-Geral assistente para acesso a medicamentos e outros produtos médicos da OMS, Mariângela Simão; a Representante Permanente Alterna do Brasil junto à ONU e demais organismos internacionais em Genebra, Embaixadora Maria Luisa Escorel; a Representante da OPAS no Brasil, Dra. Socorro Gross.
Durante a reunião, o ministro apresentou as ações do Governo Federal para a proteção dos povos indígenas, o que inclui ações integradas com os ministérios da Defesa; Mulher, Família e Direitos Humanos; e Justiça e Segurança Pública. Até o momento, 84% dos indígenas brasileiros já receberam ao menos uma dose de vacina Covid-19, e 75% já completaram o ciclo vacinal.
Queiroga destacou a melhora no quadro epidemiológico do país, que vem registrando queda no número de casos, internações hospitalares e óbitos conforme a vacinação avança. O ministro falou sobre a importância de preparação dos sistemas nacionais de saúde para os cenários pós-covid.
O ministro detalhou os esforços para o fortalecimento da produção local de vacinas de covid-19 e a atuação das duas instituições públicas que produzem vacinas no país: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan. Disse que o país está prestes a mobilizar sua capacidade produtiva instalada para a vacinas de uso animal, o que poderá elevar a capacidade de produção diária do Brasil.
“Em breve, nós passaremos a produzir a vacina AstraZeneca com IFA totalmente nacional nos laboratórios da Fiocruz. Para além disso, nós temos mantido diálogo direto com os laboratórios e temos conseguido antecipar doses. Também aderimos ao mecanismo Covax Facility, que também vem encontrando obstáculos em viabilizar o envio de doses”, disse Queiroga.
O diretor da OMS reconheceu e lamentou que muitos acordos celebrados pela Covax Facility não estema sendo cumpridos conforme o planejado. Tedros Adhanom também elogiou a capacidade e o potencial brasileiro de fabricar vacinas, demonstrando-se favorável, inclusive, que parques industriais de uso veterinário sejam adaptados para produzir vacinas Covid-19.
“Eu concordo totalmente em utilizar toda a infraestrutura existente, inclusive os parques de vacina animal. Outra coisa com a qual eu fiquei bastante satisfeito foi em relação à vigilância epidemiológica feita pelo governo brasileiro, sobretudo no que diz respeito à variante delta, que circula em mais de 140 países”, disse Adhanom.
O diretor-geral da OMS expressou satisfação com a redução do número de casos e óbitos no país e o avanço na vacinação. Elogiou os esforços para a ampla vacinação dos povos indígenas e disse que, quando visitou o Brasil, se sentiu impressionado com a cobertura de atenção primária, a ponto de indicar o modelo a outros países.