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REAB-COVID-19
Hospital de Fortaleza melhora 60% a recuperação de pacientes pós Covid-19
Os primeiros resultados do projeto piloto “Reabilitação pós-Covid-19” apontam que os pacientes que tiveram Covid-19 podem ter uma melhora condição motora e funcional no Sistema Único de Saúde (SUS). No Hospital Geral de Fortaleza (CE), por exemplo, houve uma melhora de 60% na qualidade do atendimento a esses pacientes do SUS.
O resultado foi avaliado após três visitas presenciais e dois encontros virtuais em cinco hospitais do SUS, localizados nas cinco regiões do país, entre novembro e dezembro de 2020, para avaliar o desempenho na assistência hospitalar em pacientes pós-Covid-19. Outro destaque avaliado pela pasta da Saúde, no hospital de Fortaleza foram as ações implementadas, que chegaram a 97% das propostas na iniciativa. Além disso, o estabelecimento conseguiu atingir 100% de aplicabilidade do protocolo de alta segurança.
"O nosso objetivo é proporcionar mais qualidade de vida aos nossos usuários, principalmente àqueles que ficam debilitados, acometidos pela Covid-19 e outra doença crônica associada, diminuindo assim o aparecimento de novas patologias indesejáveis”, comenta o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte.
REAB-COVID-19
A iniciativa é do Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), executada pelo Hospital Sírio Libanês. Os projetos implementados no Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR), tem como objetivo trabalhar a reabilitação de pacientes críticos pós Covid-19, implementar a alta segura, o giro de leitos e promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas no SUS.
Um dos desafios do projeto é implementar o trabalho das equipes multiprofissionais e capacitar esses profissionais em meio a pandemia. Na fase piloto, cerca de 250 profissionais foram capacitados em mais de 320 horas de troca de conhecimento mútuo. O projeto conseguiu um resultado no aumento de 26% na evolução dos pacientes em relação a independência motora e funcional. Além de elevar para 120% o valor agregado da internação até a alta de cada paciente, ou seja, mais qualidade nos serviços de saúde prestados e melhor experiência vivida por eles.
O “Reabilitação pós-Covid-19” tem duas fases, a primeira tem duração de dois meses de intervenção e a segunda consiste em quatro meses de monitoramento. A equipe de intervenção é composta por: médico, especialista em gestão hospitalar, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro, fonoaudiólogo e assistente social.
Para realizar esse projeto, foi utilizada a filosofia Lean e ferramentas como, o plano de resposta hospitalar, o Round interdisciplinar e também as cartilhas de apoio.
O projeto se mostrou necessário e foi muito bem recebido pelas instituições participantes. Ele continuará no próximo triênio 2021-2023 e deverá atender dez hospitais por ano.
Bruno Cassiano
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351