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COVID-19
"Nós nunca ficamos no escuro", diz Queiroga sobre dados do Ministério da Saúde
- Foto: Walterson Rosa/MS
“Nós nunca ficamos no escuro porque os dados chegam ao Ministério da Saúde e são processados no âmbito da Secretaria de Vigilância em Saúde. Nós acompanhamos a evolução da pandemia em todos os estados e municípios do Brasil. Não estar público, não significa dizer que estamos trabalhando às escuras”. A declaração é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que se reuniu na manhã desta sexta-feira (31) com jornalistas para apresentar os dados sobre a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 e a situação epidemiológica da doença no Brasil.
Nessa quinta-feira (30), por exemplo, foram notificados nos sistemas da pasta 13,4 mil novos casos e 167 óbitos pela doença. Com média móvel de casos e óbitos em 5,1 mil e 113,5, respectivamente, o cenário epidemiológico da Covid-19 segue com queda de 9,19% nos casos e queda de 27,81% nos óbitos, se comparados com os últimos 14 dias. A Campanha de Vacinação também segue avançando com 328,5 milhões de doses aplicadas, sendo 161,2 milhões com a primeira dose (91,5%) e 143,7 milhões (80,9%) com o esquema completo.
Segundo Queiroga, ainda que as informações não estejam completamente acessíveis para a população, o Ministério da Saúde continua recebendo os dados dos estados e municípios e realizando vigilância de qualidade. Equipes da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) acompanham diariamente as notificações e realizam ações estratégicas de diagnóstico situacional in loco nos municípios. Isso acontece sempre que é registrada alta no número de casos e óbitos por três semanas epidemiológicas consecutivas.
Entre outros assuntos, o ministro também falou sobre a variante Ômicron. Até o momento, foram confirmados 128 casos da variante e 298 seguem em investigação. Ainda de acordo com o ministro, diferente do que ocorreu em 2020 e no início de 2021, o Brasil já está preparado e possui um plano de contingência caso haja uma nova pressão sobre o sistema de saúde. Esta semana, por exemplo, o Ministério da Saúde autorizou a abertura de 6,5 mil novos leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) permanentes, aumentando de 23 mil para 29,5 mil.
“Sobre a variante, nós acompanhamos de perto o que acontece no cenário internacional. A gente sabe, hoje, que a vacinação é a principal arma para o combate à variante Ômicron ou qualquer outra variante que possa vir a surgir. Tanto que há mais de 20 milhões de pessoas com a dose de reforço. Há estudos que comprovam uma eficácia 80% para a variante com as vacinas Pfizer e AstraZeneca. Quanto aos leitos, o Governo Federal vai aplicar R$ 2,6 bilhões para incluir 6,5 mil novos leitos de UTI permanente na rede pública de saúde”, disse Queiroga.
Fernando Brito
Ministério da Saúde