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Secretário da Atenção Primária visita unidades de saúde modelo no Ceará
Foto: Paula Bittar/Saps
“Para nos aproximarmos das gestões locais e entender os pleitos dos gestores, é importante conhecer de perto a realidade da Atenção Primária de cada município”. Foi o que afirmou o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, ao conhecer unidades referência atendimento à atenção primária em Juazeiro e Fortaleza, no Ceará, de 18 a 19 de agosto.
A agenda é mais um dos encontros com as gestões municipais que o Ministério da Saúde tem realizado ao longo deste ano para levantar as demandas frente ao contexto da pandemia de Covid-19 na Atenção Primária à Saúde (APS).
Em Juazeiro, o secretário nacional visitou a Unidade Básica de Saúde São José II. “É muito importante receber o Ministério na nossa cidade, principalmente ter a visita do secretário, pois é um passo para estreitar os laços com a gestão federal. A unidade visitada tem duas equipes de saúde da família, um padrão que queremos estender para todos os postos do município, assim ampliando a cobertura da Atenção Primária”, afirmou a secretária municipal de saúde, Francimones Rolim.
O município tem 75 equipes de Saúde da Família (eSF), 42 de Saúde Bucal (eSB), 3 de Atenção Primária (eAP) e 520 agentes comunitários de saúde (ACS) credenciados pelo Ministério da Saúde. Para reforçar o atendimento da população durante a pandemia, foram repassados recursos extraordinários no valor de R$ 6,5 milhões para a localidade.
Na capital
Os técnicos da Secretaria Municipal de Fortaleza receberam a equipe do Ministério da Saúde e apresentaram o panorama atual da pandemia do Covid-19 no município. Eles destacaram as ações de monitoramento e vacinação realizadas na atenção primária, bem como a organização de fluxos para manter os atendimentos da população de forma segura. A metodologia utilizada de monitoramento por meio de indicadores assistenciais, associados aos epidemiológicos, permitiu maior celeridade para planejamento de ações frente ao aumento de casos de Covid-19.
As UBS estão com funcionamento em horário ampliado, com acolhimento de demanda espontânea com classificação de risco, possibilitando encaminhar os pacientes para Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais apenas em casos moderados e graves. Isso fez com que o fluxo da rede fosse controlado, além de trazer maior assertividade para o trabalho das equipes da APS. A organização do atendimento também reflete no comportamento do cidadão que busca a UBS logo no início dos sintomas por sentir mais segurança ao ver que o serviço está preparado para recebê-lo.
“O município segue as diretrizes do Ministério da Saúde e as adapta para a realidade local, como incentivar a busca ativa dos pacientes por meio dos agentes comunitários de saúde, e aproveita o vínculo deles com a comunidade para fazer o acolhimento da unidade. É algo simples, mas que acaba otimizando o processo de trabalho. Isso reflete nos indicadores de saúde, e quem ganha é a população”, constatou o secretário da Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara.
Em Fortaleza, a APS assumiu o papel de ordenadora do cuidado na pandemia, com estruturação dos fluxos e descentralização do atendimento em todos os distritos de saúde. “Nós ampliamos a busca ativa e oferta de oxigênio, aumentamos a testagem de RT-PCR nas UBS, disponibilizamos oxímetros, termômetros digitais e exames preditores de risco, fizemos capacitação das equipes, ampliamos a rede de unidades de suporte móvel para remoção de pacientes e fizemos testagem para rastreio dos casos sintomáticos. Com essa organização, alçamos áreas mais vulneráveis”, explicou Ana Estela Leite, secretária de Saúde Municipal.
O objetivo da gestão é ampliar a cobertura, mas destaca que passaram de 32% em 2012 para 71% em 2021. “Queremos alcançar 100% para atingir os princípios do SUS, e ter o Ministério junto é fundamental para a concretização desse projeto”, contou a gestora. O município também tem avançado na vacinação, seguindo as recomendações do PNI, com sistema de agendamento, monitoramento e registro de doses, o que permite a emissão diária de relatórios de monitoramento das doses aplicadas. Para gestantes puérperas, é priorizado o atendimento da vacinação independentemente de agendamento.
Fortaleza tem 466 eSF, 395 eSB, 2202 ACS. Para enfrentamento da pandemia, recebeu crédito extraordinário de R$ 31.994.044,79.
Paula Bittar
SAPS
Ministério da Saúde