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PATERNIDADE
PNS aponta que 76,7% dos homens acompanharam o pré-natal da parceira
Temas vinculados à paternidade e participação no pré-natal foram abordados pela Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trazendo dados importantes sobre o envolvimento consciente e ativo de homens em ações voltadas ao planejamento reprodutivo. Entre eles, a informação de que 76,7% dos homens entrevistados afirmaram ter participado do acompanhamento pré-natal da parceira gestante ou do último filho com menos de seis anos.
O resultado apresentado nesta semana vem para somar as ações que o Ministério da Saúde trabalhou em agosto, o mês da Valorização da Paternidade. Nesse contexto, o governo Federal tem reforçado a divulgação da Consulta do Pré-natal do Parceiro, momento oportuno também para os homens acessarem os serviços de saúde.
As informações da PNS foram coletadas por meio de questionário respondido por homens de 15 ou mais anos de idade que faziam parte do grupo de moradores selecionados. A investigação tem objetivo de conhecer indicadores sobre a fecundidade masculina no país e de contextualizar a importância do engajamento da figura paterna, sendo ele relevante na promoção da saúde do homem e de todos os envolvidos.
Apesar de 76,7% dos homens terem declarado ter participado do acompanhamento do pré-natal da gestão do pai/parceiro, apenas 19% declararam ter realizados os exames que foram solicitados, e 20% foram incentivados a participar de palestras, rodas de conversas e/ou cursos sobre cuidados com o bebê, o que pode significar a baixa inclusão do homem nesse processo, ou a subnotificação da inclusão do registro do homem nos sistemas de saúde. Aproximadamente 51% deles disseram ter sido informados sobre a possibilidade de participação no momento do parto.
O Ministério da Saúde trabalha ativamente para melhorar os indicadores relacionados à inclusão do homem no que diz respeito à tomada de decisão reprodutiva, no compartilhamento e participação na gestação, no parto, no cuidado e na educação das crianças. Os trabalhadores da Atenção Primária são orientados a aproveitarem a presença dos pais nas consultas relacionadas à gestação para ofertar a eles exames de rotina e testes rápidos, convidando-os a participarem das atividades educativas e ao exercício da paternidade consciente.
Também busca-se elevar a inserção de informações sobre o pré-natal do pai/parceiro no sistema de informação da atenção primária à saúde, além de ampliar o acesso dos homens aos exames preventivos durante o pré-natal, visando a integralidade da assistência à saúde da família. Em 2020, 19% dos municípios brasileiros registraram consultas de pré-natal do pai/parceiro, conforme dados do Sistema de Informações da Atenção Básica (SISAB).
Mês de Valorização da Paternidade
O mês de valorização da paternidade foi instituído em 2004, pelo Comitê Vida, grupo de trabalho intersetorial que integra profissionais de organizações governamentais e não-governamentais, universidades e demais pessoas e instituições interessadas. A ação é baseada no eixo Paternidade e Cuidado da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), que busca incentivar a presença de homens acompanhando suas parceiras nas consultas de pré-natal e traz a ideia de que o acesso dos homens aos serviços de saúde nesse acompanhamento da parceria também pode ser potencializado como um momento de educação em saúde e promoção do autocuidado masculino.
Paula Bittar e Priscilla Leonel
Ministério da Saúde