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TESTAR PARA CUIDAR
Ministério da Saúde realiza projeto-piloto para implementar Plano Nacional de Testagem da Covid-19
Foto: Walterson Rosa/MS
O Ministério da Saúde trabalha em todas as frentes para frear a contaminação causada pelo coronavírus e conter a crise pandêmica da Covid-19 no País. Se de um lado, a pasta investe na vacinação dos brasileiros, por outro, inicia a implementação do Plano Nacional de Testagem para garantir a circulação de todos os brasileiros com segurança. Para isso, neste sábado (14), o Ministério da Saúde, em parceria com o Governo do Distrito Federal, realizou um projeto-piloto com a testagem de 200 voluntários no estacionamento da Feira dos Importados, em Brasília (DF).
O evento tem o objetivo de avaliar os requisitos operacionais necessários para realização de uma estratégia nacional de triagem de casos de Covid-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou que o projeto de testagem do Ministério tem como base três pilares: testar pessoas sintomáticas em Unidades Básicas de Saúde (UBS); testar as assintomáticas em áreas de grande circulação e a Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil (PrevCov).
“O Ministério da Saúde vai adquirir com a Fiocruz cerca de 60 milhões de testes. Até o fim do mês, iremos distribuir 4 milhões de testes aos estados. Essa ação se soma a outras que já ocorrem por parte de municípios, estados e iniciativa privada. Nós temos que ter os resultados na base de dados do Ministério da Saúde para acompanhar o caráter epidemiológico da pandemia de forma eficiente”, afirmou o ministro.
Na ação, estão sendo utilizados testes rápidos de antígeno, produzidos pela Fiocruz. As coletas são realizadas por profissionais do Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) e os resultados estão sendo disponibilizados em cerca de 15 a 20 minutos após a testagem.
Com essas informações, o Ministério da Saúde vai medir, por exemplo, a aceitabilidade da população em realizar os testes, o tempo necessário para triagem, o processo de rastreabilidade do uso dos testes, o perfil epidemiológico dos voluntários e o resultado positivo entre os indivíduos testados, sejam eles sintomáticos ou assintomáticos.
A área foi escolhida por ter grande circulação de pessoas. Os exames de antígeno são realizados nos voluntários que aceitem passar pelo processo de testagem e que concordem, caso o resultado seja positivo, em retornar para casa e manter o isolamento. A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, em apoio ao Ministério da Saúde, disponibilizou dois médicos para emissão dos atestados aos voluntários que apresentaram resultado positivo.
Caroline Rios Matos, de 42 anos, estava chegando na feira com amigos quando foi abordada pela equipe de testagem. Matos imediatamente aceitou participar do projeto e convenceu os amigos a serem testados. “Eu não esperava essa testagem gratuita, mas adorei. Ninguém testou positivo, mas se estivesse contaminado seria melhor saber, né? Agora vou pra feira ainda mais tranquila”, disse.
Já Munique Carolina Rocha ouviu na rádio que o evento iria acontecer no estacionamento da Feira dos Importados e compareceu ao local com seu marido, que estava com sintomas da doença, ambos testaram negativo. “Acho muito bacana essa iniciativa”, afirmou. Para Leandro Rodrigues Andrade, 44 anos, um ponto importante de eventos como este é a acessibilidade. “O teste nos laboratórios é mais ou menos R$ 100 e aqui foi de graça e muito rápido. Precisamos aumentar a quantidade de eventos assim na cidade para que quem esteja contaminado descubra e fique em casa cumprindo os protocolos necessários para evitar a contaminação”, afirmou.
A testagem é parte essencial na estratégia de controle da transmissão da Covid-19 porque auxilia na detecção dos cidadãos infectados. Além disso, a medida possibilita a implementação de estratégias para diminuir a circulação do vírus evitando assim maior contaminação.
Testagem da população
Uma estratégia de testagem sistemática e abrangente é fundamental para identificar casos sintomáticos e assintomáticos na população geral e em grupos vulneráveis. Além disso, serve de base para orientar a implementação de medidas de controle da circulação do vírus. As informações obtidas por meio da análise dos dados coletados poderão subsidiar os gestores no planejamento de abordagens semelhantes e na adoção de medidas
adicionais para conter a doença.
Mahila Lara
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580