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COMBATE À COVID-19
"Antigamente eu achava que cateteres salvavam vidas, hoje eu tenho certeza que são as vacinas que salvam", diz Queiroga
"Antigamente eu achava que cateteres salvavam vidas, hoje eu tenho certeza que são as vacinas que salvam". A declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi dada neste sábado (28), no município de Gramado, durante a inauguração de Unidades Básicas de Saúde.
Médico cardiologista e especialista em cateterismo cardíaco, Queiroga disse que é prioridade trabalhar para fortalecer a atenção primária e acelerar o ritmo de vacinação, que ocorre justamente nas Unidades Básicas de Saúde, como estratégia para conter o caráter pandêmico da Covid-19.
Durante sua fala, o ministro reforçou que os cuidados com a saúde começam na atenção primária, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), onde é possível resolver até 80% dos problemas, como, sintomas de gripe, vacinação, hipertensão, diabetes, tabagismo, estímulos a atividades físicas, entre outros. "São mais de 53 mil Unidades Básicas de Saúde espalhadas por toda essa nossa grande nação. Por isso, o nosso SUS é essa fortaleza que tem dado as respostas que o Brasil precisa", destacou.
Nos últimos 30 anos, graças às ações de saúde pública oferecidas pelo SUS, especialmente na atenção primária, foi possível reduzir a mortalidade infantil, aumentar a expectativa de vida da população e erradicar inúmeras doenças por meio da vacinação. Para Queiroga, investir na atenção primária é uma forma de reduzir custos com a atenção especializada, além de permitir envelhecimento saudável das pessoas, com serviços de saúde de qualidade.
Queiroga também destacou que o binômio economia e saúde andam lado a lado e devem ser complementares, e reforçou que política diversificada de compra de vacinas tem surtido efeitos, com IFA 100% nacional da Fiocruz e parceria com a Pfizer no Brasil. "Temos que continuar nos empenhando para fazermos esse binômio se materializar na prática. O Brasil tem propiciado ambiência de negócio que atrai investimento estrangeiro na área de vacinação e a Pfizer, a vacina mais aceita internacionalmente, firmou parceria com a Eurofarma, que é brasileira e multinacional, para produção no próprio Brasil", disse.
Logo em seguida, o ministro reforçou que essa iniciativa, a partir do ano que vem, prevê cerca de 100 milhões de doses da vacina Pfizer, o que vai gerar emprego, rendas e tributos que serão investidos na atenção primária em saúde e nas ações de saúde pública do Governo Federal.
Importância do Programa Nacional de Imunizações
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde foi instituído há 76 anos e é considerado o principal aliado, junto com a atenção primária, nas esperanças de pôr fim à pandemia no Brasil. "É o grande patrimônio que nós temos para enfrentar essa pandemia e todos os demais problemas de saúde que podem ser prevenidos com vacinas", ressaltou Queiroga.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, finalizou sua fala no evento pedindo que todos os secretários de saúde do Brasil defendam a soberania das discussões e decisões tomadas pelo PNI, que é apoiado por câmara técnica de especialistas do mais alto nível e que toma decisões baseadas na ciência e nas melhores evidências científicas nacionais e internacionais. "São decisões técnicas, não fazemos políticas na saúde e sim políticas de saúde", concluiu.
Gustavo Frasão
Ministério da Saúde