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DOSAGENS
SUS passa a oferecer novas dosagens para tratamento de hipotireoidismo congênito
A ampliação das dosagens de medicamentos para tratamento de hipotireoidismo congênito foi aprovada pelo Ministério da Saúde. A partir de agora, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a levotiroxina sódica nas apresentações de 12,5 e 37,5 microgramas (mcg) – a rede pública de saúde já disponibiliza comprimidos de 25, 50 e 100 mcg.
A disponibilidade de dosagens intermediárias diminui a necessidade de partir comprimidos para complementar as doses, contribuindo para menos erros de administração e evitando o desperdício, conforme as novas orientações publicadas no texto do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Hipotireoidismo Congênito (HC).
“É uma forma de garantir o tratamento mais adequado, uma vez que facilita o ajuste das doses medicamentosas que pode aumentar ou reduzir ao longo do processo de tratamento” pontua o documento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.
A doença congênita do sistema endócrino é a principal causa de deficiência mental passível de prevenção no mundo. A condição de saúde surge ainda durante a gravidez e, por alguma razão ainda não esclarecida, a criança nasce com diminuição ou ausência de hormônios da tireoide.
O teste em recém-nascidos para hipotireoidismo congênito faz parte do Programa Nacional Triagem Neonatal (PNTN), desde de 2001. Essa identificação acontece com a dosagem dos hormônios tireoidianos, TSH (hormônio tireoestimulante) e T4 (tiroxina), em amostras de sangue, colhido no teste do pezinho.
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
O hipotireoidismo congênito, mesmo quando diagnosticado precocemente, se não tratado e acompanhado de forma adequada, pode levar a complicações irreversíveis, como prejuízos no desenvolvimento mental e no crescimento da criança. A doença é caracterizada pela diminuição dos níveis séricos de hormônios tireoidianos e pode ser classificada em hipotireoidismo primário ou central.
No Brasil, mais de 1 mil casos são diagnosticados por ano – em 2019, foram rastreados 1.406 casos novos. São 15.201 pacientes em acompanhamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) no país.
Bruno Cassiano
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351