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Saúde Indígena
Cooperação Técnica com Sociedade Brasileira de Patologia vai beneficiar 10 mil mulheres indígenas
Cooperação Técnica com Sociedade Brasileira de Patologia vai beneficiar 10 mil mulheres indígenas.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), assinou acordo de cooperação técnica com a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) para a realização de exames citopatológicos (papanicolau) para mulheres indígenas dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da região Norte. O exame auxilia no diagnóstico preventivo de câncer de colo útero e vai beneficiar 10 mil mulheres indígenas, na faixa etária de 25 a 64 anos, até o mês de junho.
A parceria tem o objetivo de atender a demanda reprimida de exames em decorrência da pandemia causada pela COVID-19 e conscientizar as mulheres indígenas sobre a importância de fazer o exame de prevenção. “Nesta primeira etapa vamos atender os Distritos da região norte, certamente será um avanço importante na saúde dos povos indígenas, principalmente das mulheres no combate ao câncer de útero”, afirma o secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva.
O acordo prevê a colaboração de 12 laboratórios clínicos que farão a análise gratuita das lâminas coletadas pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) nas aldeias. Os DSEI fornecerão o material e a logística para a coleta, os insumos já fazem parte das atividades de rotina de acompanhamento da saúde básica indígena. Ao todo, são 19 Distritos beneficiados na região Norte: Altamira, Alto Rio Juruá, Alto Rio Negro, Alto Rio Purus, Alto Rio Solimões, Amapá e Norte do Pará, Guamá-Tocantins, Kaiapó do Pará, Leste de Roraima, Manaus, Médio Rio Purus, Médio Rio Solimões e Afluentes, Parintins, Porto Velho, Rio Tapajós, Tocantins, Vale do Javari, Vilhena e Yanomami.
O exame citopatológico subsidia os gestores do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS) em relação à análise, procedimentos, rastreamento e diagnóstico de doenças do colo do útero. Os Distritos realizam o acompanhamento das ações de prevenção de doenças e promoção da saúde das mulheres indígenas. Ao longo dos últimos três anos, foram realizadas capacitações das equipes em área, aumento da força de trabalho nos polos base, aquisição direta dos kits de exames preventivos e intensificação das atividades de educação em saúde e vacinação contra o papilomavírus humano (HPV).