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ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Início do tratamento do câncer de mama no SUS está mais ágil
Com o slogan “Cuidado com as mamas, carinho com seu corpo”, o Ministério da Saúde lança, nesta quarta-feira (07/10), a campanha do Outubro Rosa de 2020. A ação busca conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Mesmo com a pandemia da Covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) continuou com o atendimento e a oferta de tratamento adequado às pacientes.
O evento conta com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da primeira-dama Michelle Bolsonaro, da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, além do secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Parente, e do secretário da Atenção Especializada à Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte.
Nos últimos anos, a pasta tem trabalhado com a população feminina sobre a importância de “estar alerta” a qualquer alteração suspeita nas mamas, assim como desenvolve ações com gestores e profissionais de saúde sobre a prioridade do rápido encaminhamento para início do tratamento adequado.
O início do tratamento do câncer de mama para pacientes que procuram atendimento no SUS está mais ágil. Dados de janeiro e julho de 2020 mostram que, em 99,57% dos casos atendidos, o tempo entre o diagnóstico e o tratamento do carcinoma in situ, estágio inicial do câncer de mama, foi de até 30 dias. No mesmo período de 2019, isso aconteceu em 99,16% dos casos. Em 75,54% dos atendimentos, o tempo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no SUS foi respeitado. A produção de mamografias no SUS de janeiro a julho deste ano foi de 1.132.237.
Após a cerimônia, Pazuello e demais autoridades participam de um ato simbólico de soltura de balões na cor rosa em frente ao prédio do Ministério da Saúde, em Brasília (DF).
AÇÕES
O Ministério da Saúde elaborou nota técnica atualizando orientações sobre o rastreamento do câncer de mama durante a pandemia da Covid-19. Também foram recomendadas ações para a preservação de pacientes, familiares e profissionais, viabilizando os atendimentos de urgência e a manutenção da assistência com segurança àqueles que estão em tratamento.
As cirurgias em geral no Instituto Nacional de Câncer (INCA) - órgão ligado ao Ministério da Saúde - estão sendo retomadas e os tratamentos essenciais de quimioterapia permaneceram de forma adaptada, com pacientes recebendo suporte psicológico.
O Ministério da Saúde também tem reforçado a assistência oncológica na rede pública de saúde com o Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PERSUS), maior programa público do mundo de entrega de equipamentos de radioterapia. A iniciativa tem objetivo de ampliar e criar novos serviços de radioterapia em hospitais.
Com o investimento federal de R$ 700 milhões, já foram implantados 24 aceleradores lineares pelo PERSUS. Mais 24 espaços de radioterapia estão previstos para serem concluídos em 2020, além da assinatura de 20 novas ordens de serviços para início de obras. Outros 13 convênios para aquisição de aceleradores estão sendo executados.
ATENDIMENTO
O SUS oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. O controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde e pelo rastreio mamográfico.
É recomendado que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam o exame a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária será abordada para realização da mamografia.
PREVENÇÃO
Para este ano, são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em mulheres no Brasil. Para reverter esse número, a prevenção é essencial.
A amamentação é uma grande aliada: estima-se que o risco de desenvolver câncer de mama diminui de 4,3% a 6% a cada 12 meses de duração da amamentação. O Ministério da Saúde prevê investimentos de R$ 22,4 milhões para incentivo ao aleitamento materno. Entre as ações já realizadas, estão a Campanha Nacional de Amamentação, a implantação de Bancos de Leite Humano (BLH) e as reformas nas Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca).
Fazer atividades físicas com frequência, manter uma alimentação saudável, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar também são fatores que contribuem para o controle da doença. O Ministério da Saúde tem previsão de recursos financeiros na ordem de R$ 221,8 milhões para ampliar a atenção às pessoas com obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica na Atenção Primária. Também será lançado, até o final do ano, o Guia de Atividade Física da População Brasileira.
Saiba mais em www.inca.gov.br
Por Marina Pagno
Ministério da Saúde
(61) 3315-2005