Notícias
OUTUBRO ROSA
Atividades físicas ajudam a prevenir câncer de mama e são benéficos no tratamento
No mês dedicado à saúde da mulher, Ministério da Saúde reforça as orientações de prevenção e diagnóstico precoce da doença
Manter o corpo em movimento é essencial para o combate ao câncer de mama. A prática regular de atividades físicas reduz o número de diagnósticos positivos e de mortalidade pela doença. Junto com uma alimentação balanceada, estima-se que a prática regular de atividade física possa reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Durante o Outubro Rosa, o Ministério da Saúde reforça as orientações às mulheres para prevenção e diagnóstico precoce da doença.
Fazer academia, pedalar, caminhar e correr, por exemplo, mantém a concentração de estrogênio em níveis adequados, diminuindo o risco da doença, além de fortalecer a imunidade, reduzir o tempo de trânsito gastrointestinal e manter o preso corporal adequado.
Stephanie Santana Pinto é professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e decidiu estudar a relação entre câncer de mama e atividade física em 2015, quando recebeu a notícia de que estava com a doença.
“Há evidências fortes de que fazer atividade física ajuda a diminuir as chances de desenvolver o câncer. Ser fisicamente ativo é um fator de proteção”, conta a pesquisadora.
Ela, então, apostou na vida ativa para ajudá-la a encarar o tratamento. Além de ter os sintomas da doença amenizados, a atividade física melhorou a sua qualidade de vida e reduziu a ansiedade.
“Quem vai liberar a paciente para fazer atividade física é a equipe responsável pelo tratamento. Mas, hoje em dia, isso já é visto como uma terapia complementar”, diz Stephanie Santana Pinto, que agora é pós-doutoranda sobre o tema na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
ORIENTAÇÕES
O Ministério da Saúde prepara o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, previsto para ser lançado em breve. O documento trará uma série de orientações sobre a prática de atividade física para a população brasileira. Entre as recomendações, ser fisicamente ativa (pelo menos 150 minutos de atividades moderadas por semana) e seguir um estilo de vida que leve a um status de peso corporal saudável, a fim de reduzir o risco de câncer de mama.
A prática de atividade física pode ser dividida em pequenos blocos de tempo ou de uma só vez, por um período mais longo. Além disso, orienta-se que, em pelo menos dois dias na semana, sejam incluídas atividades de fortalecimento dos músculos e ossos, como musculação.
ATENDIMENTO
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. O controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde e pelo rastreio mamográfico.
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem trabalhado com a população feminina sobre a importância de “estar alerta” a qualquer alteração suspeita nas mamas, assim como desenvolve ações com gestores e profissionais de saúde sobre a prioridade do rápido encaminhamento para início do tratamento adequado.
Ao identificar qualquer alteração, a recomendação é procurar atendimento médico em uma unidade de saúde, mesmo sem agendamento de consulta. No caso de mulheres jovens, a visualização de lesões pela mamografia é mais difícil por possuírem as mamas densas. Em portadoras de nódulos palpáveis, menores de 40 anos de idade, o ultrassom é o exame de escolha.
É recomendado que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária será abordada para realização do exame.
OUTRAS MEDIDAS
Além da atividade física, a amamentação também é uma grande aliada na prevenção do câncer de mama: estima-se que o risco de desenvolver a doença diminui de 4,3% a 6% a cada 12 meses de duração da amamentação. O Ministério da Saúde prevê investimentos de R$ 22,4 milhões para incentivo ao aleitamento materno.
Adotar hábitos saudáveis de alimentação, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar são outros fatores que contribuem para o controle da doença. O Ministério da Saúde tem previsão de recursos financeiros na ordem de R$ 221,8 milhões para ampliar a atenção às pessoas com obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica na Atenção Primária.
Para este ano, são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em mulheres no Brasil, de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA) - órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Saiba mais em www.inca.gov.br
Marina Pagno
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351