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São Paulo recebe mais 290 ventiladores pulmonares
Ao todo, o Governo do Brasil já entregou ao estado 460 ventiladores pulmonares para auxiliar no enfrentamento da pandemia
A rede pública de saúde do estado de São Paulo ganhou o reforço de mais 290 ventiladores pulmonares, sendo 220 de UTI e 70 de transporte, que também pode ser utilizado em unidades de cuidados intensivos. O equipamento é indicado como suporte ventilatório em pacientes graves, infectados por COVID-19, que apresentem dificuldades respiratórias. Os equipamentos desembarcaram neste final de semana (29/05 a 1º/06) na capital e serão distribuídos pela Secretaria Estadual de Saúde, responsável por definir quais serão as unidades de saúde e os municípios que receberão os respiradores pulmonares, conforme planejamento local.
A compra e distribuição dos respiradores é parte do apoio estratégico do Governo do Brasil no atendimento aos estados. Ao todo, o estado de São Paulo recebeu 460 ventiladores pulmonares comprados e enviados pelo Ministério da Saúde. As entregas levam em conta a capacidade instalada da rede de assistência em saúde pública, principalmente nos locais onde a transmissão está se dando em maior velocidade. No total, o Ministério da Saúde já entregou 2.651 respiradores pulmonares para 22 estados.
A aquisição destes equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do cenário de emergência em saúde pública, por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições, em apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). "As entregas reforçam as estruturas da assistência hospitalar para enfrentar da melhor forma a COVID-19. Elas também representam o investimento que estamos fazendo como legado para o Sistema Único de Saúde (SUS)", destaca o secretário-executivo substituto, Élcio Franco.
O Ministério da Saúde assinou quatro contratos com empresas brasileiras para a produção de 15.300 respiradores, sendo: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300 com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões; 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78 milhões; e 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões, para fornecimento de equipamentos no período de três meses (90 dias). O esforço brasileiro na aquisição destes itens envolve mais de 15 instituições, entre fabricantes processadores, instituições financeiras e empresas de alta tecnologia, entre outras. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido conforme a capacidade de produção da indústria nacional, que depende de algumas peças que são importadas.
AÇÃO INTERMINISTERIAL
Uma parceria entre o Ministério da Saúde e os ministérios da Economia e Ciência e Tecnologia, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), realizou um mapeamento do parque industrial nacional, quando foram identificadas as capacidades de cada setor para o fornecimento de respiradores pulmonares. Nesse mapeamento, encontrou-se empresas que tinham escala pequena de produção, mas que tinham expertise e outras que poderiam contribuir para expandir as entregas em um menor espaço de tempo possível.
O projeto ainda envolve o Ministério das Relações Exteriores, para priorização de recebimento de peças, o Ministério da Justiça, para escoltas e segurança da distribuição de equipamentos e insumos, e o Ministério da Defesa, que fornece armazéns nas capitais para estoque de materiais e a logística de distribuição para o país, por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), quando necessário.
No início da pandemia, o Brasil contava com 65.411 respiradores pulmonares, sendo que 46.663 estavam disponíveis no SUS. Além da aquisição de respiradores, o Ministério da Saúde já habilitou 7.441 leitos de UTI em todo o Brasil, sendo 231 de UTI pediátrica, para atendimento exclusivo a pacientes com coronavírus e adquiriu 340 leitos de UTI volantes, que são de instalação rápida, para fortalecer a rede hospitalar em saúde. Cada um destes leitos conta com um respirador.
REFORÇO PARA SÃO PAULO
O Ministério da Saúde já comprou e enviou a São Paulo 17,7 milhões de itens, entre equipamentos e insumos, para o combate à pandemia da COVID-19. Além dos 460 ventiladores pulmonares, a pasta entregou 1,9 milhão de testes para o diagnóstico da COVID-19, sendo 1,6 milhão de testes rápidos (sorológico) e 290,2 mil RT-PCR (biologia molecular). O estado recebeu também 22,7 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): 117 mil litros de álcool; 629,3 mil aventais; 5,6 milhões de pares de luvas; 660,5 mil máscaras N95; 7,3 milhões de máscaras cirúrgicas; 117 mil óculos e protetores faciais; e 3,1 milhões de toucas e sapatilhas.
O Governo do Brasil também entregou ao estado de São Paulo medicamentos que ajudam no tratamento da COVID-19, como 2 milhões de unidades de Oseltamivir e 986 mil unidades de Cloroquina.
Também já foram habilitados pelo Ministério da Saúde 2.064 leitos de UTI no estado. O pedido de habilitação para o custeio dos leitos COVID-19 é feito pelas secretarias estaduais ou municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento dos leitos. O Ministério da Saúde, por sua vez, garante o repasse de recursos destinados à manutenção dos serviços.
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Por Silvia Pacheco, da Agência Saúde
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