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Ministério da Saúde reforça a importância da detecção da Doença Falciforme
As manifestações clínicas da doença ocorrem a partir do primeiro ano de vida e as características são complexas. Afeta quase todos os órgãos com sintomas como dor crônica, infecções e icterícia
No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme celebrada em 19 de junho, o Ministério da Saúde reforça a importância de detecção da doença. O primeiro passo do conjunto de cuidados é o diagnóstico precoce, feito por meio da triagem neonatal (Teste do Pezinho). No caso das pessoas que não foram diagnosticadas com o Teste do Pezinho, o diagnóstico poderá ser feito a partir do quarto mês de vida, por meio do exame de eletroforese de hemoglobina que está inserido na rotina do pré-natal e é garantido a todas as gestantes e parceiros, pela Rede Cegonha, no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde (PNTN/MS), em 2019, foram diagnosticados 1.214 casos de doença falciforme e 61.021 com Hemoglobina S (traço falciforme). Estudos mostram que, caso não recebam o devido tratamento em tempo adequado, apenas 20% destas crianças atingirão os cinco anos de idade.
A Doença Falciforme é uma doença genética e hereditária, resultante de uma mutação genética que provoca alteração nas hemácias, que em condições normais se apresentam de forma arredondada e que na Doença Falciforme perdem a elasticidade, enrijecem e adquirem a forma que lembra uma foice, isso dificulta a circulação e a chegada do oxigênio nos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como dor crônica, infecções, icterícia, dentre outros.
Cuidado da Atenção em Doença Falciforme
Com o objetivo de mudar a história natural da Doença Falciforme no Brasil foi instituída, em 16 de agosto de 2005, no âmbito do SUS, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, hoje consolidada na Portaria nº 2/2017 GM/MS.
O Ministério da Saúde tem implementado estratégias visando melhorias nas áreas de hemoterapia, fomento à implantação e implementação da Linha de Cuidado da Atenção em Doença Falciforme, capacitação de profissionais e cooperações internacionais.
Atualmente, o SUS disponibiliza a medicação necessária para minimizar as complicações da Doença Falsiforme e melhorar a qualidade de vida das pessoas, tais como: ácido fólico, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e hidroxiuréia, que é um medicamento que impacta na melhora da qualidade de vida dos pacientes com Doença Falciforme, reduzindo o número de crises vaso-oclusivas, hospitalizações, ocorrência de Síndrome Toráxica Aguda (STA), eventos neurológicos agudos e da taxa de mortalidade.
Além disso, o Ministério da Saúde compra e distribui, para todos os Estados e o Distrito Federal, o medicamento Fenoximetilpenicilina, que é um antibiótico de uso contínuo, por via oral, utilizado para prevenir infecções comuns nas crianças menores de cinco anos.
Desde 2015, o SUS passou a realizar o transplante de medula óssea para pessoas com doença falciforme, que é um tratamento curativo para a Doença Falciforme.
Para divulgar mais informações sobre a Doença Falciforme, o Ministério da Saúde disponibilizou o curso EAD “Doença falciforme - conhecer para cuidar”, elaborado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. Oferecido gratuitamente, o curso faz parte das ações da pasta para educação permanente em Doença Falciforme.
Por Lídia Maia, da Agência Saúde
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