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Covid-19: Região Norte começa a apresentar queda sustentável da doença
Também houve queda no Nordeste, já nas regiões Centro-Oeste e Sul os números continuam em crescimento
A região Norte do país começa a apresentar queda sustentável no número de casos e mortes pela Covid-19. A região foi a primeira do país a registrar aumento de casos no início da pandemia. Os dados estão publicados na nova edição do Boletim Epidemiológico sobre a Covid-19 no Brasil, apresentado, nesta quarta-feira (15), em coletiva de imprensa, em Brasília (DF). Entre a Semana Epidemiológica 27, com dados até 4 de julho, e a Semana Epidemiológica 28, até 11 de julho, houve redução de 9% no número de casos novos de Covid-19. A média diária registrada foi de 4.575 casos novos. Nos estados, as reduções foram de 23% no Amapá, 6% no Pará, 4% em Rondônia e 46% em Roraima.
Enquanto isso, de acordo com o boletim, os casos e óbitos no Centro-Oeste e Sul permanecem em crescimento, já que foram as regiões que começaram a apresentar maior registro de casos recentemente. No Sul, o aumento foi de 8%, com uma média de 3.918 casos novos, enquanto no Centro-Oeste, o aumento foi de 6% no número de casos com média diária de 4.363 casos novos, sendo que no Distrito Federal é onde se concentra o maior número de mortes pela doença.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a explicação para a queda de casos em determinada região e aumento em outra, se deve a dimensão territorial do Brasil. “Nós estamos vivendo e aprendendo a cada semana o comportamento dessa doença”, disse. “Nosso pais tem dimensão continental, temos diferenças sazonais bastante importantes que afetam, não apenas a Covid-19, mas outras doenças que se influenciam por essas diferenças”, acrescentou o secretário.
Nas regiões onde houve aumento de casos, Arnaldo Correia disse que a estatística se deve à interiorização da doença e também à forma com que os testes passaram a ser aplicados. “Nas últimas três semanas aumentamos a testagem no pais. Agora também estamos testando casos leves, no início da doença. Lá no começo, era testado basicamente pacientes que estavam internados e que já estavam com a doença, casos mais graves. Agora que estamos testando de maneira mais intensa você tende a encontrar mais casos, porém não tão graves”, destacou.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O novo boletim desta quarta-feira (15) também trouxe o balanço de infecções por coronavírus em profissionais de saúde que estão atuando, desde o início da pandemia, na assistência às pessoas com Covid-19. Até o dia 11 de julho, 866.068 casos de Síndrome Gripal (SG) suspeitos de Covid-19 em profissionais de saúde foram registrados no e-SUS Notifica. Destes, 180.028 (20,8%) foram confirmados para Covid-19.
As profissões que mais registraram casos da doença foram os técnicos/auxiliares de enfermagem (62.633), seguido dos enfermeiros (26.555), médicos (19.858), agentes comunitários de saúde (8.362) e recepcionistas de unidades de saúde (7.856).
Em relação aos casos e óbitos em profissionais de saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, pacientes internados, até o dia 11 de julho, 1.373 casos foram registrados no SIVEP-Gripe. Destes, 788 (57,4%) foram confirmados para Covid-19 e 405 (29,5%) encontram-se em investigação. As profissões que mais registraram casos de SRAG foram os técnicos/auxiliar de enfermagem (471), médico (271) e enfermeiro (267).
De acordo com o secretário em Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, o Ministério tem dado atenção especial a esses profissionais, como o fornecimento de Equipamentos de Proteção Invisual (EPI), por exemplo. Para ele, o sucesso na recuperação dos pacientes se deve principalmente a esses profissionais. “O Brasil dispara na frente com mais de 1 milhão e 250 mil recuperados”, apontou. “ Esse número reflete, e aí vai, o nosso reconhecimento de todos os profissionais de saúde, que têm trabalhado duro para salvar vidas”, ressaltou Arnaldo Correia.
“E se nós estamos recuperando a nossa população, é por que, sim, esse Ministério tem feito nos últimos meses, um esforço imenso para dar aos profissionais da ponta capacidade de manejo clínico dos seus pacientes. Acho que o país é um grande exemplo de combate da doença no mundo. Nós temos uma experiência que pode mostrar ao mundo, como a serviço público de saúde pode salvar vidas”, concluiu.
Por Adolfo Brito, da Agência Saúde
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