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Centro de Atendimento no Rio faz diagnóstico e tratamento precoce da Covid-19
Secretários do Ministério da Saúde conhecem Centro em Jacarepaguá que já realiza 400 atendimentos por dia. Unidade permite que os atendimentos da Atenção Primária não sejam prejudicados
Os Centros de Atendimento para enfrentamento da Covid-19 fazem diagnósticos e tratamentos precoces da doença. Este é o caso do Centro que fica localizado na Clínica da Família Helena Besserman Vianna, na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá (RJ). A unidade se preparou para oferecer, com segurança e conforto, o tratamento para a Covid-19 e atendimento para as doenças crônicas e serviços da Atenção Primária. No último sábado (18), secretários nacionais do Ministério da Saúde visitaram o local.
A unidade possui 60.837 pessoas cadastradas e atende a 21.283 famílias. As 19 equipes de saúde fazem uma média de 400 atendimentos diários. “Há uma diferenciação de espaço, um local para tratamento da Covid-19 e outro local para pacientes com outras sintomatologias de outras doenças”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Câmara Medeiros Parente, que conheceu a unidade.
Os Centros de Atendimento são estruturas implantadas em Postos, Centros de Saúde, Clínicas da Família ou Policlínicas que recebem recursos mensais do Ministério da Saúde para ofertar assistência a quem tem Covid-19, mas sem prejudicar os atendimentos da Atenção Primária, como acompanhamento do pré-natal, hipertensão e diabetes.
A orientação do Ministério da Saúde é não parar nenhum serviço de saúde, pois a população precisa continuar sendo acompanhada.
“Com sintomas leves, os pacientes procuram os Centros de Atendimento para que possam, de uma forma mais efetiva, serem tratados e não atingirem o estado grave da doença”, destaca o secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte, que também foi visitar o estabelecimento. O paciente assim que receber o diagnóstico, já pode iniciar o tratamento na unidade.
Na unidade de Jacarepaguá, há a separação de pacientes sintomáticos e pacientes não sintomáticos, para trazer mais segurança para a população que irá buscar os atendimentos. Quando o usuário chega à unidade passa por uma triagem, em que é feita a averiguação do tipo de demanda que ele traz. O segundo passo é avaliar qual é a condição do paciente. Se ele estiver assintomático, seguirá pela seta verde; se estiver com sintomas da COVID-19, seguirá a seta vermelha. Há, ainda, estações que separam pacientes com suspeita de coronavírus que estiverem estáveis daqueles casos com maior gravidade.
SAIBA MAIS
Os Centros de Atendimento identificam e tratam os casos com sintomas leves de coronavírus. Estes estabelecimentos possibilitam que os demais serviços oferecidos nas unidades de saúde da Atenção Primária, como cuidados com a saúde da criança, consultas de pré-natal, acompanhamento de pessoas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão, sejam mantidos. A criação dessa estratégia de atendimento dos cidadãos com Covid-19 foi feita por meio da portaria nº 1.445, de 29 de maio de 2020.
Os Centros de Atendimento estão disponíveis para todos os municípios brasileiros que solicitarem credenciamento. Estas unidades atuam como ponto de referência da Atenção Primária à Saúde (APS) e buscam também conter a transmissibilidade do coronavírus, ao reduzir a ida de pessoas com sintomas leves aos serviços de urgências ou hospitais, além de deixar a procura das unidades de saúde para manutenção e retorno do atendimento de rotina.
As gestões municipal e distrital podem utilizar os espaços disponíveis em sua rede de saúde ou até mesmo criar um espaço específico para o Centro de Atendimento. A decisão de como operacionalizar a estratégia é de autonomia do gestor. As solicitações de credenciamento estão sujeitas a análise técnica e orçamentária e podem ser feitas por meio da página e-Gestor AB.
ESTRUTURA
Os Centros de Atendimento para enfrentamento da Covid-19 podem ser de três tipos: Tipo 1, para municípios de até 70 mil habitantes; Tipo 2, para municípios entre 70 e 300 mil habitantes; e Tipo 3, para municípios com mais de 300 mil habitantes. O incentivo financeiro para os municípios e Distrito Federal possui os seguintes valores mensais: R$ 60 mil para os Centros de Atendimento Tipo 1; R$ 80 mil para os do Tipo 2; e R$ 100 mil para os do Tipo 3.
Os Centros de Atendimento devem oferecer os seguintes espaços: consultório, sala de acolhimento, sala de isolamento e sala de coleta. Podem ser instalados em estabelecimentos de saúde, como Unidade de Saúde, Unidade Mista, Policlínica, Centro Especializado. Precisam funcionar 40 horas por semana com a composição de médico, enfermeiro e técnico ou auxiliar de enfermagem.
Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde
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