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Brasil mostra, em Davos, boas práticas do SUS e oportunidades em saúde
Encerrou nesta sexta-feira (24), em Davos, na Suíça, a 50º edição do Fórum. Em quatro dias de evento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, debateu diversos temas de interesse dos brasileiros e do Mundo
O Ministério da Saúde encerrou nesta sexta-feira (24) a participação na 50ª edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Durante os quatro dias de encontro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, juntamente com a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross, participou de encontros com organizações não governamentais, com representantes da indústria farmacêutica, e com ministros da Saúde de outros países. Na pauta, o desenvolvimento de novas vacinas, investimentos para complexos industriais, e boas práticas do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Apresentamos sempre a nossa visão de sistema de saúde, que hoje está na agenda global. Debatemos sobre o desenvolvimento de novas vacinas, que são importantes para doenças negligenciadas, como dengue, leishmaniose e esquistossomose, além de investimentos para complexos industriais nas Américas. Também colocamos à disposição dos outros países experiências bem-sucedidas em sistemas de saúde de toda a nossa região”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Na avaliação da representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Socorro Gross, o Brasil está à frente na questão da saúde. “O Brasil tem muitas possibilidades de investimentos, de produção de vacinas e medicamentos e, também, de intervenções que podem mudar muitas coisas que precisamos agora para a saúde da nossa região”, ressaltou.
DIÁLOGO INTERNACIONAL
Em todos os dias do evento, o ministro brasileiro fortaleceu o diálogo internacional em busca de soluções para a saúde do Brasil e do Mundo. Ele participou de debates sobre tuberculose, vacinas, novas doenças e obesidade infantil. Nesta sexta-feira (24), fechando a participação no Fórum Econômico Mundial, o ministro Mandetta se reuniu com o presidente global da Fundação Gates, Cris Elias. O objetivo foi aproximar a Fundação dos projetos em andamento no SUS, como o Conecte SUS, que terão grande impacto na saúde global.
Também ao longo da programação, o ministro participou da cerimônia dos 20 anos da Aliança GAVI, que reúne instituições públicas e privadas para garantir vacinação para todos. Já durante o Governors Meeting, o ministro Luiz Henrique Mandetta foi moderador do debate sobre cobertura universal de saúde e falou dos desafios e avanços da SUS. Na plateia, estavam presentes os ministros da Saúde da Alemanha e Holanda.
Em um dos primeiros encontros, Luiz Henrique Mandetta falou do Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1988 pela Constituição Brasileira, das suas caraterísticas de integralidade, universalidade e gratuidade, e dos desafios que se mantém até hoje, como o enfrentamento de doenças negligenciadas, a exemplo da hanseníase e tuberculose. Outro importante desafio para a saúde, colocado pelo ministro, é o aumento da perspectiva de vida do brasileiro. “Nós decidimos encarar todos esses desafios e hoje estamos com 31 anos de sistema público de saúde. É uma mudança para gerações de pessoas”, destacou Mandetta.
Hoje (24/01) foi o último dia de participação do ministro da Saúde, @lhmandetta , no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
— Ministério da Saúde (@minsaude) 24 de janeiro de 2020
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OBESIDADE INFANTIL
Na quarta-feira (22), o ministro participou do Tackling Childhood Overweight in a Changing World, atividade organizada pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) & Novo Nordisk. A convite da entidade, Mandetta apresentou políticas e iniciativas brasileiras, como o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos e a campanha de Combate e Prevenção à Obesidade Infantil, criados pelo Ministério da Saúde. O encontro reuniu ações de sucesso que podem ajudar a criar ambientes mais saudáveis.
No mesmo dia, o ministro participou do encontro para discutir a necessidade de novos modelos de negócios sustentáveis, ferramentas inovadoras de financiamento e novas formas de parceria que apoiem um novo programa sobre condições econômicas e sociais que afetam a saúde. Um exemplo disso são as condições sociais e econômicas que propiciam a transmissão de doenças como turbeculose e zika. Foram pensadas soluções para diminuir a incidência desses tipos de doenças que se alastram por conta de condições precárias de vida.
VACINA
O tema vacinas esteve presente durante o restante da agenda do dia do ministro da Saúde, com o encontro bilateral com o CEO da Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), Richard Hatchett. Na conversa foi abordado o desenvolvimento de vacinas para doenças emergentes, incluindo a chikungunya.
Ainda dentro do tema vacinas, na quinta-feira (23), o ministro esteve no encontro com representantes da GAVI, uma Aliança Mundial para Vacinas e Imunização. A GAVI é uma organização internacional que promove o acesso de crianças de países pobres às vacinas, incluindo as mais novas produzidas pelo mercado e que essa população não teria acesso. Na pauta, a necessidade de investimentos para prevenir doenças.
DEBATES
Em seguida, Mandetta se reuniu com outros governos para discutir sistemas de saúde e doenças transmissíveis. Logo após, o ministro foi um dos jurados responsáveis por avaliar a viabilidade de novos modelos de sistemas de saúde. Na ocasião, empresas privadas apresentaram soluções de problemas relacionados à saúde. Mandetta participou, ainda, do evento Protecting Progress: Rebuilging Confidence in Immunization, que promoveu a discussão entre governos, sociedade civil e setor privado no sentido de trabalharem juntos para enfrentar a falta de vacinas e impedir o retrocesso no progresso da saúde global.
Da Agência Saúde
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