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“Temos o melhor tratamento de aids do mundo”, diz Gerson Pereira
Diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Gerson Pereira, esteve na última quinta-feira (13) no Conselho Nacional de Saúde para falar sobre a política de aids no Brasil
A Política de aids no Brasil é reconhecida mundialmente. Há mais de duas décadas, o Governo do Brasil garante tratamento para todos às pessoas com HIV/aids, de forma gratuita, ampliando a qualidade e o tempo de vida desta população. Para garantir o diagnóstico e tratamento oportunos, o Ministério da Saúde assegura, anualmente, recursos crescentes para o setor. Para 2020, serão R$ 2,48 bilhões – R$ 100 milhões a mais do que o destinado no ano passado. E, para prevenir novos casos, em 2020, a marca histórica de 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes será distribuída em todo o país. Para falar sobre os avanços e desafios da política de aids no Brasil, o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Gerson Pereira, esteve na última quinta-feira (13) no Conselho Nacional de Saúde (CNS).
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O Conselho Nacional de Saúde é uma instância colegiada que acompanha e fiscaliza as políticas de saúde. É composto por representantes do governo (municípios, estados e Governo Federal), movimentos sociais, profissionais de saúde, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), comunidade científica, movimentos sociais e empresas que prestam serviços ao SUS.
“As falas de cada um dos que representam as entidades da sociedade civil servem como um aporte para o aprimoramento da gestão do departamento”, afirmou Gerson após ouvir os conselheiros nacionais. “Temos, no Brasil, o melhor tratamento do mundo, com medicamentos de ponta”, completou.
Atualmente, a estimativa é de que 900 mil pessoas vivam com HIV no país. Destas, 135 mil ainda não sabem que têm a doença. Para ampliar o diagnóstico e início do tratamento, apenas em 2019, o Ministério distribuiu cerca de 12 milhões de testes rápidos para detecção da doença. A previsão é que sejam distribuídos, em 2020, mais de 13 milhões de testes rápidos.
O representante do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids, Carlos Ebeling Duarte, e o conselheiro nacional de saúde Moyses Longuinho Toniolo também participaram da mesa de debates da 326ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde. Na ocasião, Ebeling Duarte elogiou o trabalho realizado dentro do programa de Aids nos últimos anos. “Esse programa, no Brasil, apresenta avanços extraordinários, é um exemplo para o mundo. Isso faz com que, diante da sua qualidade, seja exigido além do que já é feito. O encontro e o diálogo com os movimentos sociais fortalecem o programa”, afirmou.
Gerson Pereira assegurou aos conselheiros à continuidade do programa de Aids no Brasil, destacando que um dos principais objetivos é a redução de mortes de pessoas vivendo com HIV/aids. “Podem ter certeza que a gente vai manter a qualidade desse serviço”, garantiu o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
AIDS NO BRASIL
Considerando a taxa de detecção da doença, que é o número de casos por grupo de 100 mil habitantes, a do Brasil é 17,8 em 2018. A maior é a de Roraima, com 40,8. Depois, Amazonas com 29,1 e Rio Grande do Sul, com 27.2.
Entre os avanços registrados, o Brasil conseguiu evitar cerca de 2.500 mil mortes por aids entre os anos de 2014 e 2018. Nos últimos cinco anos, o número de mortes pela doença caiu 22,8%, passando de 12,5 mil, em 2014, para 10,9 mil, em 2018. Em 2018, segundo o Boletim Epidemiológico HIV-Aids 2019, foram registradas 10.980 mortes por aids no Brasil.
Em 2019, 68.693 Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV) iniciaram tratamento com medicamentos antirretrovirais no Brasil. No total, já são 633.699 pessoas em tratamento no país desde a sua implantação, em 2009. São ofertados gratuitamente 20 antirretrovirais com 33 apresentações farmacêuticas.
A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV – sigla em inglês). Esse vírus afeta e destrói o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo contra doenças.
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Da Agência Saúde
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