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Ministério da Saúde registra 13 casos suspeitos do novo coronavírus
Boletim atualizado, até às 12h desta sexta-feira (31), traz casos monitorados em seis estados do país. Dados podem ser consultados por meio de plataforma e serão atualizados diariamente
Foto: Renata Momoe / ASCOM MS
O Ministério da Saúde atualizou, nesta sexta-feira (31), as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde sobre a situação dos casos suspeitos do novo coronavírus no Brasil. Até às 12h, 13 casos se enquadraram na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus), estabelecida pela OMS, ou seja, apresentaram febre e, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, e viajaram para área de transmissão local, a China, nos últimos 14 dias.
Os casos suspeitos estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde nos seguintes estados: Ceará (1), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7). Até às 12h desta sexta-feira (31), o Ministério da Saúde descartou 9 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus. Todas as notificações foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas do Ministério da Saúde, caso a caso, com as autoridades de saúde dos estados e municípios.
Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde passa a atualizar diariamente a Plataforma IVIS , com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica. A ação mostra que a pasta tem compromisso com a transparência das informações. “Nós estamos empenhados em garantir informações precisas para a população”, garantiu o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
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AQUISIÇÃO DE INSUMOS
Durante a entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (31), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, anunciou que publicará edital de processo de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual no Diário Oficial da União para garantir que não falte insumos para atender profissionais de saúde em caso de emergência de saúde pública. Dentre os materiais, estão máscaras cirúrgicas, protetores faciais, gorros, máscaras n 95 e luvas, além de insumos adicionais como álcool em gel e medicamentos.
“Vamos avaliar com os fornecedores disponíveis neste momento e providenciar a compra do que será necessário. Se houver falta desses insumos no mercado nacional, buscaremos no mercado internacional”, explicou.
MITOS E VERDADES
O Ministério da Saúde destaca que é importante combater notícias falsas, especialmente em um momento em que o mundo está em estado de alerta por conta da propagação do novo coronavírus. Quando novas doenças surgem, começam também os boatos sobre elas. Para evitar que mais mentiras sobre o novo coronavírus se espalhem, é importante verificar se as mensagens são verdadeiras antes de repassá-las.
Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61)99289-4640.
Além das ações do Ministério da Saúde para combater as chamadas Fake News, o Twitter fechou uma parceria com a pasta. A rede social passou a exibir link do Ministério da Saúde em buscas sobre coronavírus. Ao pesquisar pelo assunto na rede social, o serviço exibe em destaque um botão que leva ao site do órgão.
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que a melhor forma de lidar com Fake News é com a verdade, a transparência e a ciência. Para ele enfrentar uma situação como essa só será possível se tivermos a credibilidade de darmos os números e as informações corretas.
“A transparência dos dados e da informação em uma situação como essa é o que dá credibilidade. Qualquer informação, qualquer notícia, por mais dura seja, será passada para a população. Essa é a linha do Ministério da Saúde. A gente espera que o portal do Ministério da Saúde seja a grande fonte de informações qualificadas para a população e para os médicos e os enfermeiros que vão enfrentar também essa situação de um vírus novo”, disse.
CUIDADO COM AS FAKE NEWS!
Confira, abaixo, alguns mitos sobre o novo coronavírus. A lista de todas as Fake News já avaliadas pelo ministério encontra-se no site www.saude.gov.br/fakenews :
“Carnaval será porta de entrada do novo coronavírus”
No momento, não há comprovação que o novo coronavírus esteja circulando no Brasil, portanto não há precauções adicionais recomendadas para o público em geral. O isolamento só é recomendado para os casos suspeitos da doença que atendem a definição disponível no portal do Ministério da Saúde.
“Orientações de emergência do Ministério da Saúde”
Esta informação é falsa! O Ministério da Saúde não fez nenhuma notificação de emergência ao público com estas informações. Manter uma boa hidratação é recomendada para síndromes respiratórias, porém não da forma como está sendo recomendada na notícia.
“Vitamina C com Zinco previnem novo coronavírus
Até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.
“ Feira dos importados Brasília”
Esta informação é falsa!
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (30/1), os dois casos notificados pela Secretaria de Saúde foram excluídos para o novo coronavírus por não se encaixarem nos critérios da Organização Mundial da Saúde. Até o momento, não há casos confirmados do novo coronavírus no Brasil.
“Produtos que vem da China”
Esta informação não é verdadeira!
Não há nenhuma evidência que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus. Os vírus geralmente não sobrevivem muito tempo fora do corpo de outros seres vivos, e o tempo de tráfego destes produtos costuma ser de muitos dias. Além disso, a Anvisa tem monitorado diariamente os portos, aeroportos e fronteiras e emitido alertas sonoros de conscientização para os passageiros.
“ Chá imunológico para o coronavírus “
Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.
Assista na íntegra à coletiva com atualização dos casos - 31.01.2020
Por Vanessa Aquino da Agência Saúde
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