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ASSISTÊNCIA
Saúde investe mais de R$ 7 milhões para ampliar cuidados às pessoas com albinismo
O Ministério da Saúde está liberando mais de R$ 7,1 milhões para ampliar o acesso ao atendimento e cuidado adequados aos brasileiros com albinismo. A iniciativa visa a mapear a população que vive com a condição genética, contribuindo para a construção de políticas públicas e melhorias no atendimento para uma assistência adequada à esta população no Sistema Único de Saúde (SUS).
O incentivo financeiro de custeio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (18/12).
“Tem sido uma estratégia do Ministério da Saúde incentivar o cadastro da população para se fazer o acompanhamento de perto dos cidadãos. No caso os albinos, isso é fundamental para se fazer o cuidado antes do acometimento de doenças graves, como, por exemplo, o câncer de pele, muito prevalente entre os albinos”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Parente.
A medida permite que estados e municípios possam utilizar os recursos para adotar estratégias de identificação e cadastro da população albina que busca os serviços da Atenção Primária para atendimento, como os postos de saúde. E, assim, podendo ampliar e qualificar o atendimento com foco nas questões de saúde decorrentes dessa condição genética.
O incentivo financeiro será transferido aos municípios que registraram atendimento de pessoas albinas em serviços da Atenção Primária nos últimos quatro anos, para que ampliem o cadastro dessa população a partir de agora, fortalecendo as ações de promoção, prevenção e cuidados oferecidos às pessoas com albinismo na Atenção Primária, porta de entrada do SUS. Atualmente, cerca de 95% dos atendimentos entre a população albina ocorre em hospitais e emergências.
No total, 504 municípios estão sendo contemplados. Os valores serão distribuídos conforme a população:
- R$ 15.000,00 por município com população menor de 100.000 habitantes;
- R$ 13.000,00 por município com população entre 100.000 e 300.000 habitantes;
- R$ 10.000,00 por município com população maior de 300.000 habitantes.
SOBRE O ALBINISMO
A condição rara é herdada geneticamente, causando problemas na síntese da melanina, produzindo pouca ou nenhuma quantidade, ou falha em sua distribuição, que causa hipopigmentação da pele, pelos, cabelos e olhos.
A falta de melanina pode provocar baixa visão, problemas e lesões de pele, queimaduras solares e fotoenvelhecimento. O albinismo acomete todas as raças em todo o mundo, independentemente do sexo, etnia ou condição social.
Marina Pagno
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351