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SAÚDE EM NOSSAS MÃOS
Projeto do Ministério da Saúde salva mais de 2,4 mil vidas em UTI públicas no Brasil
O Saúde em Nossas Mãos, projeto do Ministério da Saúde, já salvou 2.430 vidas desde que foi criado, em agosto de 2017. Isso foi possível ao melhorar a segurança dos pacientes contra infecções relacionadas à assistência à saúde nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos do país. Até agora, o projeto contou com a participação de 116 hospitais públicos e filantrópicos.
Além das vidas salvas, foram evitadas, ainda, quase 7 mil infecções deste tipo nas unidades participantes, uma redução de 53% das ocorrências. O resultado é superior à meta do projeto, de diminuir o índice em 50%. A implementação das boas práticas nesses hospitais trouxe, no período, ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma economia de R$ 320 milhões.
Para o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, o projeto reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a melhoria dos serviços prestados pelo SUS. “Atualmente, as infecções são a oitava maior causa de morte no país. Superamos a nossa meta, com um resultado incrível. É gratificante ver que estamos no caminho certo, capacitando nossos profissionais, garantido a segurança do paciente e salvando vidas. É um projeto estratégico para o estado brasileiro”, disse.
O Saúde em Nossas Mãos oferece orientação aos profissionais das UTI participantes a usarem metodologias e ferramentas da qualidade. As estratégias auxiliam na implementação de novos processos – de forma colaborativa e sustentável – diminuindo, dessa forma, os índices de infecções hospitalares e melhorando a segurança do paciente durante a sua permanência na UTI.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas no Pará Dr. Waldemar Pena, localizado em Santarém (PA), por exemplo, conseguiu salvar 25 vidas durante desde a chegada do projeto e economizar mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. “Não compramos equipamentos caros. Foi um engajamento da equipe, com uma mudança de postura e atitude para a segurança do paciente”, explica a enfermeira coordenadora do serviço de controle e prevenção de infecções do hospital, Sheila Oliveira. Franco Duarte complementa, “colocar o paciente em primeiro lugar é fundamental para nossas ações serem bem-sucedidas”.
O hospital conta com 20 leitos de UTI Adulto que participam do projeto há dois anos. A unidade de saúde paraense conta, ainda, com uma equipe multidisciplinar de 76 profissionais. “Antes do projeto, nosso índice de infecção por PAV (Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica) era alto por ser uma UTI mista. Já conseguimos zerar o número de infecção por 18 meses”, orgulha-se Sheila.
Entre 2018 e 2020, foram realizadas seis sessões de aprendizagem presencial com todos os 116 hospitais; além de 600 visitas presenciais às UTI; outras 180 visitas virtuais; mais de 3,2 mil pessoas envolvidas. “Um dos principais desafios enfrentados é promover a mudança de cultura no ambiente das UTI, engajar os profissionais locais na mudança de ações rotineiras e na integração das equipes, para que haja um fluxo mais harmonioso, onde todos dão sugestões e criam soluções para garantir ainda mais a segurança de todos”, pontua a coordenadora do projeto, Claudia Garcia de Barros. Ao longo do período, as equipes percorreram mais um milhão e meio de quilômetros para garantir o sucesso, o engajamento e o monitoramento das ações.
O projeto Saúde em Nossas Mãos é executado de forma conjunta e colaborativa entre os cinco hospitais integrantes do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde): Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês, com apoio do Institute for Healthcare Improvement (IHI), organização internacional sem fins lucrativos especializada em projetos focados em segurança do paciente.
Para os próximos anos, o Ministério da Saúde pretende dobrar o escopo e envolver 240 unidades de saúde, além de incluir UTI pediátricas no projeto.
COVID-19
Com a pandemia da Covid-19, o projeto voltou esforços para educar profissionais de saúde e prepará-los para enfrentar uma rotina ainda mais intensa nas UTI. “A Covid-19 é uma doença que demanda cuidados adicionais nas UTI, com frequente uso de dispositivos invasivos em situações de emergência, o que causa um maior risco de infecções. A distribuição de materiais informativos, como protocolos de atendimento, uso seguro dos EPI, higiene das mãos e planos de contingência já eram práticas comuns no projeto, e foram reforçadas nesse período”, finaliza Claudia Garcia.
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Por Bruno Cassiano, com informações do Nucom SAES
Ministério da Saúde
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