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Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ganham mais uma opção de tratamento no SUS
Será incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma combinação de medicamentos para o tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O broncodilatador antagonista muscarínico de longa ação (LAMA) + agonista beta2 adrenérgico de ação longa (LABA) melhoram o fluxo de ar, aliviando sintomas da doença, como a dificuldade para respirar causada pela inflamação e destruição dos alvéolos.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisou os estudos sobre a eficácia, a segurança e o impacto orçamentário dos medicamentos. A associação LAMA/LABA diminuiu a frequência de picos de piora da doença e a dificuldade de respirar dos pacientes com DPOC. A incorporação dos medicamentos no SUS proporcionará mais qualidade de vida para os pacientes, com melhora da capacidade respiratória e dos sintomas.
A doença pulmonar obstrutiva crônica é considerada a quarta principal causa de morte no mundo. No Brasil, é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis, com um aumento de 12% no número de mortes entre 2005 e 2010, o que representa quase 40 mil óbitos por ano.
A DPOC é provocada, geralmente, pela fumaça do cigarro ou de outras substâncias irritantes. Os principais sinais e sintomas são tosse, falta de ar, chiado no peito e catarro em excesso. O diagnóstico é feito com base em sintomas respiratórios crônicos, por meio de exames e testes diversos no paciente.
O tratamento medicamentoso da doença se baseia no uso de broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteroides e oxigenoterapia. Para pacientes com sintomas leves, são recomendados broncodilatadores de curta ação, especificamente o salbutamol e o fenoterol. Para pacientes com doença moderada ou grave, recomenda-se o uso de broncodilatador de longa ação, como o salmeterol e o formoterol.
Henrique Jasper
Ministério da Saúde
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