Ação de Oftalmologia da SESAI realiza mais de mil atendimentos aos indígenas do DSEI Potiguara

Publicado em 16/12/2020 00h00 Atualizado em 20/09/2023 15h28

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Baia da Traição (PB) – Indígenas dos Polos Base (PB) de Rio Tinto, Marcação, Baía da Traição e as aldeias localizadas no município de Conde, na Paraíba, receberam a Ação de Oftalmologia da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Social Sem Fins Lucrativos Renovatio, entre os dias 30 de novembro e 10 de dezembro no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara.

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A ação ofereceu aos indígenas a possibilidade de realizar exames completos, consultar com um médico oftalmológico e receber os óculos gratuitamente. Os pacientes realizam exames para identificar Miopia, Presbiopia e Hipermetropia diretamente na aldeia, evitando, assim, os deslocamentos para as cidades e diminuindo os riscos de contaminação pela COVID-19.

“Esse trabalho é muito importante, é uma população que não tem acesso a esse tratamento, a maioria realizou consulta oftalmologia pela primeira vez, muitos idosos que nunca tinham sidos avaliados, nem com acuidade visual, por isso a importância desse cuidado, dessa atenção”, relatou Lorrana Carvalho, médica oftalmologista da Renovatio.

Em treze dias a equipe realizou 1.100 atendimentos, 2.717 exames e entregou 466 óculos para a população indígena do Distrito. Os óculos entregues pela Renovatio são feitos com armação em aço aeronáutico flexível e lentes super-resistentes a base de policarbonato, pré-moldadas. Muitos pacientes receberam dois tipos de óculos, um para enxergar objetos próximos e outros à distância.

“Por onde a equipe passou ouvimos os depoimentos dos pacientes satisfeitos com o atendimento que a SESAI proporcionou aqui na Paraíba, no nosso DSEI. Eu agradeço a toda a equipe que veio, todos os profissionais de saúde tanto os da SESAI, quanto os do DSEI que apoiaram este evento”, relatou o coordenador do DSEI Potiguara Vilson Ortis.

Luiz Áquila, de onze anos, mora na aldeia Forte, do Polo Base Baía da Traição, e tinha dificuldades de enxergar as atividades escolares no quadro negro da sala de aula da escola onde estuda. “Quando eu vim aqui achei que meu grau era normal, mas acabou que estava muito e eu não conseguia ler nada. Mas vim aqui, peguei meus óculos e agora consigo ler tudo! ”, comemora o jovem estudante.