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População pode participar com sugestões para atualização do protocolo de Miastenia Gravis
Doença impede a comunicação entre nervos e músculos. Não tem cura, mas existe tratamento. A consulta está aberta também para profissionais de saúde, pesquisadores e outros interessados
Uma consulta pública para atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença Miastenia Gravis está aberta, com o objetivo de receber contribuições de toda a sociedade interessada no tema. A doença é rara e ainda sem cura. Autoimune, a Miastenia Gravis é considerada crônica, caracterizada pela falta de comunicação entre nervos e músculos, causando fraqueza e fadiga incomuns. Para participar da consulta, profissionais de saúde, pesquisadores, familiares de pacientes acometidos pela doença e demais interessados podem enviar sugestões, através de formulário, por meio de relatos de experiências ou conteúdo científico. A consulta fica aberta até o dia 10 de agosto.
A avaliação inicial da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) contempla o diagnóstico e o tratamento da miastenia gravis, bem como da crise miastênica - disfunção respiratória que exige ventilação mecânica, considerada uma complicação potencialmente fatal - e de outros casos especiais relacionados à doença. Uma nota ainda será produzida pela Conitec para avaliar a incorporação do exame que colabora para o diagnóstico da doença, cujas causas ainda são desconhecidas
Existem duas formas de miastenia: a autoimune ou adquirida e a congênita. Na autoimune, a resposta imunológica se volta contra os componentes da placa motora responsável pela transmissão do estímulo nervoso que faz o músculo contrair. Como resultado, as fibras musculares afetadas acabam se atrofiando ou se degenerando, causando dificuldades para realizar movimentos como abrir e fechar os olhos, falar, mastigar, engolir, mover a cabeça, pegar, andar. No caso da congênita, os anticorpos produzidos pela mãe passam pela placenta e atingem o feto.
Os sintomas são: fadiga extrema; fraqueza muscular; dificuldade para mastigar e engolir; falta de ar; voz anasalada; pálpebras caídas (ptose palpebral); visão dupla (diplopia).
Ainda não há cura para a miastenia gravis, mas existem medicamentos que auxiliam no tratamento, como cortiscosteroides e os imunossupressores. Além disso, a plasmaferese (troca de plasma) tem-se mostrado útil em alguns casos, mas apresenta o inconveniente de produzir efeitos de curta duração.
Por Vanessa Aquino, da Agência Saúde, com informações da Conitec
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