Pesquisa medirá nível de propagação do coronavírus no Brasil

O Ministério da Saúde está apoiando uma pesquisa liderada pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que deverá medir como o novo coronavírus está se propagando em todo o Brasil. A pesquisa se baseará no nível de imunização da população brasileira. Com o resultado do estudo, será possível criar políticas públicas mais eficientes e baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do vírus no país. Para viabilizar a pesquisa, a pasta disponibilizará testes rápidos para o coronavírus e apoio para contratação de empresa de pesquisa que fará as entrevistas. Equipes atuarão nas ruas com o objetivo de esclarecer três questões sobre o vírus no Brasil: o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a taxa de letalidade da COVID-19 na região. O projeto-piloto foi inicado na semana passada (6/4) no estado do Rio Grande do Sul.

A ideia é submeter cerca de 100 mil pessoas de 133 municípios brasileiros ao teste rápido que detecta a presença de anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgC (de infecção mais antiga) a partir de amostras de sangue coletadas. Enquanto aguardam o resultado, os entrevistados responderão a um questionário sociodemográfico e se estão sentindo sintomas característicos da COVID-19, além de receberem orientações sobre assistência médica e isolamento social.

Para o projeto-piloto, os pesquisadores dividiram o território gaúcho em oito regiões intermediárias definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Porto Alegre e região metropolitana, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias e Santa Cruz do Sul/Lajeado. Um total de 18 mil pessoas ja começaram a ser entrevistadas e farão o teste rápido para o coronavírus. Em cada município, a pesquisa sorteará aleatoriamente 25 setores para coleta de dados. Em seguida, sorteará dez residências em cada setor e um morador de cada casa, totalizando 250 pessoas por município.