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Governo e sociedades médicas juntos pelo combate à obesidade
Ministro da Saúde debate ações com Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
As ações para enfrentamento da obesidade no Brasil, especialmente aquelas relacionados à obesidade infantil, foram os principais pontos da pauta da reunião do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta quinta-feira (5), em Brasília (DF), com Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). O objetivo é melhorar a informação sobre alimentação saudável e incluir mais atividade física dentro do SUS.
Para o ministro, essa é a aposta do Ministério da Saúde, com o apoio das sociedades médicas, para mudar o quadro de obesidade crescente no país. “Nós vamos atacar a obesidade com muita informação sobre alimentação saudável, atividade física e rotulagem informativa. Tem que ser um desafio geracional e uma política sustentável ao longo do tempo, assim como foi com o tabaco. O apoio das entidades médicas é essencial”, destacou Mandetta.
“Compartilhamos com ele o fato que isso é uma informação que tem que entrar na Atenção Primária. Programa de Família, é lá que a gente tem que começar a como tratar alguém para que não tenha excesso de peso na vida. Obesidade é uma doença crônica, não é transmissível, ela não tem cura, tem controle”, reforçou o presidente da Abeso, Mário Carra.
Uma importante ferramenta para incentivar a alimentação saudável é o Guia Alimentar para a População Brasileira. A publicação é o principal orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela população, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. As informações também são úteis para a prevenção e controle de doenças específicas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.
“É um Guia Alimentar que traz uma perspectiva nova, abrangente, de qualidade, baseado em evidências, com recomendações muito fáceis de compreensão para os consumidores escolherem alimentos de verdade, preferir a comida de verdade e evitar os ultra processados. Acho que um desafio ainda é disseminar as orientações do Guia para a população como um todo para que as pessoas tenham acesso à informação qualificada”, apontou Ana Paula Bortoletto, pesquisadora do IDEC.
Também para incentivar uma alimentação adequada e saudável, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.
Da Agência Saúde
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