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Ministro destaca guia brasileiro em fórum de segurança alimentar na Itália
Durante abertura da 46ª sessão do Comitê de Segurança Alimentar Mundial na Itália, Luiz Henrique Mandetta reafirmou o compromisso do Brasil com a agenda da alimentação adequada
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou, nesta segunda-feira (14/10), da abertura da 46ª sessão do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA), em Roma, na Itália. Na ocasião, o ministro reafirmou o compromisso brasileiro com a agenda de sistemas alimentares saudáveis, com a Segurança Alimentar e Nutrição e com o Direito Humano à Alimentação Adequada. O CSA, que acontece até o dia 18, é o principal fórum global de alto nível sobre segurança alimentar e nutricional, coordenado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O objetivo do fórum é garantir a segurança alimentar e a nutrição para todos a partir de uma abordagem inclusiva. Em seu discurso, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que, na prática, o Brasil já vem trabalhando para garantir o direito à alimentação adequada à população. “Nacionalmente, estamos fortalecendo a promoção da atividade física, alimentação e estilos de vida saudáveis. O nosso Guia Alimentar para a População Brasileira inovou ao promover a alimentação saudável baseada em alimentos e nos processos que integram todo o sistema alimentar, para que cada cidadão possa fazer suas escolhas conscientemente e busquem modos de vida mais saudáveis”, destacou Mandetta.
"Eu tive o prazer de encontrar @lhmandetta , ministro da Saúde do Brasil, e compartilhar ideias de como aprimorar a vida das pessoas por meio de melhorias nos padrões de produção e consumo alimentício." ( @FAODG Qu Dongyu, Diretor-Geral da ONU para Agricultura e Alimentação) https://t.co/1ezO6yeUiE
— Ministério da Saúde (@minsaude) 14 de outubro de 2019
A publicação brasileira, elaborada pelo Ministério da Saúde, é o principal orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela população, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. As informações são úteis, inclusive, para a prevenção e controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.
Durante seu discurso, o ministro brasileiro destacou os avanços que o país tem alcançado na área da alimentação saudável, incentivo da população à prática de atividades, e o combate ao consumo do tabaco, medidas fundamentais para redução das DCNTs. Entre esses avanços, além do Guia Alimentar para a População Brasileira, o Ministério da Saúde também possui uma plataforma na internet chamada Saúde Brasil com publicações de textos, vídeos e infográficos voltados exclusivamente à adoção de hábitos saudáveis, com base em quatro pilares: eu quero parar de fumar; eu quero ter peso saudável; eu quero me alimentar melhor e eu quero me exercitar.
Conheça a plataforma Saúde Brasil
CENÁRIO E AVANÇOS NO BRASIL NA SEGURANÇA ALIMENTAR
O ministro da Saúde também falou sobre a transição demográfica e transformações nos modos de vida das populações e sobre o impacto dessas mudanças no perfil epidemiológico e nutricional da população brasileira. “No Brasil, as doenças crônicas não-transmissíveis são a principal causa de morte entre adultos. Em crianças vivenciamos uma intensa redução da desnutrição, ao mesmo tempo em que enfrentamos aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade, entre outros desfechos da má-nutrição”.
A prevalência da obesidade no Brasil aumentou de 67,8% nos últimos treze anos , saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Outras pesquisas do Ministério da Saúde apontam que 12,9% das crianças de 5 a 9 anos são obesas (SISVAN-2016) e 7,8% dos adolescentes entre 12 a 17 anos estão obesos (ERICA-2015). Mandetta explicou, ainda, que dentre os fatores que “nos conduziram a esse quadro estão a ingestão excessiva de sal, açúcar e gordura, o consumo crescente de alimentos ultraprocessados, combinados a estilos de vida mais sedentários”.
Neste sentido, o governo brasileiro firmou acordo com o setor produtivo para retirar, até 2022, o total de 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito com a indústria alimentícia para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.
EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR
A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini, participará de dois eventos paralelos durante a 46ª Sessão. Serão apresentadas as experiências brasileiras sobre políticas públicas e intersetoriais referente à promoção da alimentação adequada e saudável e segurança alimentar e nutricional no contexto da obesidade, além de abordar ambientes alimentares saudáveis e estratégias custo efetivas para enfrentamento da obesidade infantil e o contexto de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.
Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde
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