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Projeto de Governança realiza terceiro encontro no Ceará
Com os dados levantados, será possível planejar melhor as ações e serviços de saúde oferecidos à população que utiliza o SUS. O Ceará é o estado piloto para o projeto
O terceiro encontro do Projeto de Governança da Gestão do Trabalho em Saúde aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de outubro, em Fortaleza e em Euzébio (CE). O estado do Ceará desenvolve o projeto piloto da iniciativa, que abrange todos os níveis de atenção à saúde e tem como foco o trabalhador da saúde. A ação é realizada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde (DEGTS), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
O objetivo da reunião foi identificar o processo de trabalho, o potencial de produtividade de cada categoria profissional e o dimensionamento da força de trabalho. Com esses dados, será possível fazer um planejamento melhor e programar as ações e serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o encontro foi discutida a organização definida pelos municípios para a assistência aos usuários, tendo a Atenção Primária como a base do cuidado e ordenadora da rede de saúde.
“O projeto é muito importante para o planejamento de recursos humanos em saúde e para o direcionamento dos recursos aplicados pelos governos federal, estadual e municipal para melhorar os serviços prestados à população”, afirmou o diretor substituto do DEGTS, Gustavo Hoff.
“Estamos no momento da Atenção Primária, concluindo estudos, classificando as vulnerabilidades dos territórios e a força de trabalho que está inserida nos serviços. Ou seja, fazendo um raio X para levantar as diferenças existentes”, registrou Júlio César de Moraes, tutor do projeto.
Para Desirée dos Santos Carvalho, também tutora do projeto, esta é a fase da consolidação dos dados para o dimensionamento da Atenção Primária. “ A partir dessas informações a gente discute a organização de cada unidade e dimensiona a quantidade de profissionais adequada para elas”.
Depois de focar na Atenção Primária, o projeto iniciará a etapa da Atenção Secundária no Hospital Maternidade Zilda Arns, em Fortaleza. Participam das reuniões os trabalhadores de diferentes áreas da saúde dos municípios envolvidos no planejamento da atenção primária, área hospitalar, atenção secundária e atenção terciária.
Luziete Furtado, gestora da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, relatou que, ao término do encontro, foi possível conhecer melhor a força de trabalho e a capacidade de atendimento da região. Para ela, esse projeto auxiliará na organização e no planejamento de contratação de novos profissionais. “Achamos fantástica essa dinâmica de dimensionamento, principalmente na Atenção Primária. Estamos esperançosos de conseguir ampliar nossos serviços à população do Ceará”, concluiu Luziete.
Estão agendados mais três encontros nos municípios, sendo que o próximo será entre os dias 11 e 13 de dezembro, em Fortaleza. O projeto, que iniciou as atividades em junho, está previsto para ser implementado até maio de 2020.
O PROJETO
No início do ano, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) reuniu-se com a equipe da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará e com a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza para tratar sobre o projeto-piloto de Dimensionamento da Força de Trabalho no Sistema Único de Saúde.
Durante a construção da parceria, o projeto teve foi ampliado para subsidiar os gestores da área da saúde na liderança estratégica para condução de políticas públicas e para prestação de serviços de interesse da população. Portanto, além do Dimensionamento, os representantes dos municípios serão capacitados para implementar o projeto de governança e fazer uso dos mecanismos de apoio à tomada de decisão.
O projeto oferece mecanismos para o direcionamento estratégico, o monitoramento e a coordenação entre os setores da saúde e será implementado nos três níveis: Atenção Primária, Atenção Secundária e Atenção Terciária.
Entre as vantagens que a metodologia oferece estão a classificação das vulnerabilidades das Unidades Básicas de Saúde de acordo com indicadores sociais e epidemiológicos; conhecimento do número real de trabalhadores e o necessário para compor as equipes; realização da previsão orçamentária para planejamento de adequação da força de trabalho.
Por NUCOM/ SGTES para Agência Saúde
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