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ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos é lançado durante XV ENAM
Foi lançado, nesta quarta-feira (13), o novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos , que reforça o papel da alimentação como fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e formação de bons hábitos para a manutenção da saúde.
A publicação foi apresentada no Rio de Janeiro, durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM); V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS); III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC), que acontecem simultaneamente no Rio de Janeiro (RJ).
Na ocasião, o ministro de Saúde Luiz Mandetta discursou sobre o Guia, que recomenda o não uso do açúcar e de alimentos ultraprocessados para crianças menores de dois anos, além do uso de água. “Esse é um trabalho construído por inúmeras mãos em prol da saúde das crianças brasileiras. O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que devemos mudar na alimentação infantil”, reforçou o ministro.
Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGAN/SAPS/MS), Gisele Bortolini, o encontro foi uma ótima oportunidade para lançamento do guia. “Temos aqui mais de dois mil (2000) profissionais que podem incorporar as novas orientações que a publicação traz na prática do dia a dia. Essas pessoas estão trabalhando em algum ponto de atenção do SUS ou do sistema privado e podem contribuir com a promoção tanto do aleitamento materno quanto da alimentação complementar”, afirmou a coordenadora.
Além do fomento de ações que orientam a sociedade quanto ao aleitamento materno e à alimentação dos pequenos, o Ministério da Saúde tem financiado estudos que avaliam outras estratégias como efetivas para a prevenção da obesidade infantil, e reconhecem ser importante avançar nessas agendas. “Pesquisas mostram que quando são criadas políticas públicas que influenciam no ambiente onde as pessoas estão, como a restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados; a rotulagem frontal; e a regulamentação das cantinas escolares, há maior sucesso na prevenção da obesidade infantil”, finalizou Gisele Bortolini.
Já a diretora do Departamento de Promoção à Saúde da Secretaria de Atenção Primária, Lívia Faller, reforçou o compromisso do Ministério da Saúde em contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção da alimentação adequada e saudável de crianças, considerando a especificidade e a relevância dos primeiros anos de vida.
"A publicação é para todas as pessoas que participam do cuidado com as crianças e também pode apoiar os profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam delas em seus locais de trabalho, como as unidades de atenção primária e escolas infantis", coloca. "Ou seja, todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças", finaliza.
Novidades
Entre as novidades do Guia, estão as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. O Guia soma com a Campanha de Prevenção de Controle e Obesidade Infantil divulgada pelo ministro da Saúde na mesma ocasião.
Os 12 Passos que o guia traz para uma alimentação mais saudável
- Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses;
- Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses;
- Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebida açucaradas;
- Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno;
- Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade;
- Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança;
- Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família;
- Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família;
- Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.
- Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família;
- Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa;
- Proteger a criança da publicidade de alimentos.
A primeira versão do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos foi publicada em 2002 e revisada em 2010. Esta nova edição (2019) atualiza as recomendações de acordo com novas evidências científicas disponíveis e alinha as orientações com o Guia Alimentar para População Brasileira no intuito de induzir políticas públicas para promover, apoiar e incentivar o aleitamento materno e a alimentação complementar.
De NUCOM/SAPS
Colaboração: Agência Saúde
Fotos: Erasmo Salomão e Priscilla Leonel
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