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Minas Gerais terá R$ 196,1 milhões para ampliar ações de saúde
Com os recursos federais, o estado poderá planejar mais investimentos na atenção hospitalar, vigilância e atendimento em saúde mental
Minas Gerais contará com R$ 196,1 milhões de recursos adicionais para ampliar o atendimento em suas unidades de saúde públicas. O valor adicional qualificará a assistência no estado e também fortalecerá as ações de vigilância em saúde em 18 municípios atingidos pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, durante agenda na capital mineira. A cidade de Brumadinho, receberá recursos federais com a habilitação de dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), três Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental e um Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB).
Para o ministro Henrique Mandetta, essa ação reforça o compromisso da pasta com a população mineira. “São recursos para as mais diferentes áreas, que servirão para o funcionamento de serviços que estavam para serem implantados e ainda o aumento do teto de Minas Gerais, que era um teto represado. Fizemos essa liberação em 4 parcelas para que o governo possa ter um capital maior para retomar a normalidade em saúde”.
MS libera R$ 4 milhões para vigilância e assistência à região de Brumadinho
A maior parte de recursos, R$ 192 milhões, foi incorporado ao Teto MAC do estado. Isso quer dizer que, anualmente, o Governo de Minas Gerais poderá incrementar a assistência na urgência e emergência. Possibilita, por exemplo, a realização de mais cirurgias, consultas, exames, diagnósticos. Outros R$ 2,3 milhões estão destinados para as ações de vigilância, como prevenção e controle de epidemias e combate ao Aedes aegypti.
Em Brumadinho (MG) foram habilitados dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e três Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental. São R$ 1,5 milhão de recursos anuais que foram incorporados ao bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) do município e do governo. O incremento pode ser usado na atenção comunitária, com ênfase na reabilitação e reinserção social.
O município mineiro também foi credenciado para receber custeio federal mensal para dois Núcleos Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). Essas unidades receberão R$ 220 mil para qualificar equipes multiprofissionais que atuam integrados com as da Saúde da Família (eSF) na atenção básica. Essas ações somam-se as já realizadas pela Pasta na ajuda ao município após o rompimento da Barragem.
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Muriaé - Assistência à saúde
O ministro Henrique Mandetta também participou da inauguração do Ambulatório de Triagem do Hospital do Câncer de Muriaé, na Zona da Mata do estado. A unidade hospitalar conta com 41 consultórios e salas de procedimentos, de observação com 6 leitos, fisioterapia e subestação com gerador de energia. A expectativa é de que ocorram cerca de 3.500 atendimentos mensais nesta nova área que pode realizar procedimentos como pequenas cirurgias e odontológicos.
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Acompanhamento - saúde
O Ministério da Saúde vai acompanhar pelos próximos 20 anos cerca de mil profissionais envolvidos no resgate e buscas (Bombeiros, Força Nacional de Segurança, Defesa Civil, Ibama e outros) às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG). O estudo de coorte vai avaliar doenças que estejam relacionadas diretamente ao desastre, como a contaminação por metais pesados, leptospirose.
O primeiro passo do monitoramento será a coleta de amostras de sangue e urina, que seguirão para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC), primeiro laboratório de referência para essa ação. Caso seja necessário, outras instituições referenciadas também poderão ser envolvidas.
A ação terá a colaboração de pesquisadores de instituições como a Fiocruz, as Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e Médicos Sem Fronteiras.
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Por Victor Maciel e Zinda Perrú, da Agência Saúde
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