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ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Saps promove oficina estratégica pela prevenção e controle da obesidade infantil
Mais uma ação de prevenção e controle da obesidade infantil foi promovida pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS). Trata-se de oficina de trabalho para debater estratégias sobre o tema, realizada na Organização Pan-americana de Saúde (Opas), nesta quarta-feira (11).
O evento acontece no momento em que o Ministério lança Campanha Nacional contra a Obesidade Infantil , em resposta a dados alarmantes com relação à doença no país. Atualmente, 3 a cada 10 crianças entre 5 e 9 anos atendidas no SUS estão acima do peso. Há uma estimativa de 4,4 milhões de crianças vivendo com excesso de peso.
“Trabalhar na prevenção da obesidade infantil é uma prioridade do Ministério e nossa ideia é intensificar as ações que desenvolvemos nesse sentido”, afirmou a diretora de Promoção da Saúde da Saps, Lívia Faller.
Durante a oficina, a instituição se reuniu com pesquisadores, especialistas nacionais e internacionais no tema e outros setores do governo para avançar no escopo do primeiro plano nacional de prevenção e controle da obesidade infantil. “Queremos sair daqui entendendo bem os grandes desafios que temos e quais as estratégias mais efetivas que devem fazer parte deste plano”, colocou a coordenadora de alimentação e nutrição da Saps, Gisele Bortolini.
Cerca de 27 oficinas já estão previstas para o ano de 2020, uma em cada estado da federação brasileira. O objetivo é discutir o plano em nível local para adaptá-lo a essas regiões, além de desenvolver estratégias mais efetivas no âmbito dos estados e municípios.
Experiência portuguesa
Na ocasião, o Ministério da Saúde convidou representantes de Portugal para apresentarem a experiência do país na prevenção da obesidade infantil. Trata-se de uma primeira conversa sobre o tema com o país europeu, que é um dos primeiros do mundo a conseguirem frear a obesidade: Em 2008, o país apresentava quadro de 37,9% de crianças com excesso de peso. Hoje, esse número caiu para 29,6%.
Medidas estratégicas foram responsáveis pela queda. Entre elas: a taxação de bebidas adoçadas, com imposto recolhido e voltado para o sistema de saúde português; regulamentação da publicidade de alimentos dirigidos ao público infantil; pactuações para redução da gordura; açúcar; sal, açúcar e ultraprocessados; inquéritos frequentes para avaliar o estado nutricional de crianças; regulamentação do que pode ser comercializado nas escolas desde 2009; produção de guias alimentares e campanhas nacionais frequentes, sendo a mais recente voltada para o consumo de água.
Veja as fotos da oficina aqui .
Saiba mais
Conheça a Campanha Nacional para prevenção da Obesidade Infantil