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Brasil entrega guia alimentar para países de língua portuguesa
No encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, Luiz Henrique Mandetta compartilha experiência do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos e oferece cooperação aos países para elaboração de seus guias
Foto: Renato Strauss / ASCOM MS
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apresentou à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) o Guia Alimentar Brasileiro que promove a alimentação saudável de crianças menores de dois anos. A nova versão da publicação, lançada em novembro passado, foi oferecida aos países como importante ferramenta no combate à obesidade infantil. O ministro brasileiro ofereceu cooperação aos países para a elaboração e adaptação de Guias Alimentares locais que se encontrem inseridos na realidade de cada Estado membro, em harmonia com a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (ESAN-CPLP). A inciativa aconteceu durante a V Reunião de Ministros da Saúde da CPLP, nesta sexta-feira (13/12), em Lisboa (Portugal).
O Ministério da Saúde pretende realizar, no primeiro trimestre de 2020, oficinas técnicas para apresentar a todos os países da CPLP a metodologia de elaboração do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, em parceria com a presidência de Cabo Verde. “Acreditamos no grande potencial orientador dos guias alimentares para subsidiar o desenvolvimento de políticas de saúde alinhadas ao modelo de cuidados primários e coerentes com o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde dos Estados Membros”, destacou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
Na V Reunião de Ministros da Saúde da CPLP, o ministro Mandetta passa oficialmente a presidência da Reunião para Cabo Verde com o balanço das ações do Brasil durante a presidência, exercida entre 2016 e 2018. Sob o lema “A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, no setor saúde o Brasil priorizou o fortalecimento do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde da CPLP (PECS-CPLP), com o objetivo de estruturar os Sistemas Nacionais de Saúde dos nove Estados membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
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Durante o biênio 2016-2018, o Ministério da Saúde do Brasil, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz, fez o lançamento da Rede de Bancos de Leite Humano da CPLP (rBLH-CPLP), em outubro de 2018, na Cidade da Praia/Cabo Verde, em coordenação com a presidência cabo-verdiana e inaugurou, em 18 novembro de 2019, o primeiro banco de leite humano (BLH) de Angola, na Maternidade Lucrécia Paím, em Luanda (vale lembrar que este foi o terceiro BLH do continente africano e que já está prevista a abertura da quarta unidade na África em 2020, também em Cabo Verde), entre outras ações.
Em Lisboa, o ministro Luiz Henrique Mandetta também compartilhou com os países da Comunidade a abordagem brasileira para temas como vacinação, atenção primária à saúde e fortalecimento de capacidades em vigilância e resposta a emergências em saúde pública.
Ligados pela Língua Portuguesa
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi instituída em julho de 1996 e reúne nove Estados membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial1, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) que compreendem um total de 230 milhões de habitantes distribuídos em quatro continentes. Amparado na Língua Portuguesa como vínculo histórico e patrimônio comum, o bloco é um fórum fértil para entendimento político diplomático entre os Estados membros. A presidência rotativa do bloco está com Cabo Verde desde julho de 2018 e se estenderá até julho de 2020, quando passará para Angola.
Por Christiana Suppa, da Agência Saúde
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