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Saúde Indígena
Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil é tema de oficina promovida pela SESAI
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) está realizando nesta semana (de 08 a 12 de abril) uma oficina com representantes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), para a formação do núcleo operacional que irá discutir a adaptação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) para a Saúde Indígena.
A EAAB foi instituída pela Portaria MS nº 1.920/13 (Brasil, 2013) e tem como objetivos qualificar as ações de promoção, de proteção e de apoio ao aleitamento materno e a alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos de idade, além de aprimorar as competências e habilidades dos profissionais de saúde para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e a alimentação complementar como atividade de rotina.
A adaptação da EAAB para a realidade indígena compõe um dos eixos da Agenda Integrada de Saúde da Criança Indígena, que constitui a parceria entre a SESAI e a Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), por meio da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) e da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM). A finalidade é fortalecer e ampliar os programas de proteção e atenção integral à saúde da criança indígena, por meio de ações de qualificação da assistência e promoção da saúde, além de assegurar o direito à saúde e a qualidade de vida das crianças, mulheres e famílias indígenas e reduzir a morbimortalidade infantil por causas evitáveis.
A importância da amamentação como a intervenção mais efetiva para a redução da morbimortalidade infantil – e após os seis meses de aleitamento materno exclusivo a introdução de alimentos saudáveis – complementa as inúmeras qualidades do leite materno e provê o aporte de nutrientes necessários para garantir o crescimento e o desenvolvimento do bebê. Além disso, aproxima progressivamente a criança dos hábitos alimentares da família, permitindo que ela descubra novos sabores, texturas e competências.
Considerando que algumas comunidades indígenas enfrentam situação de grande vulnerabilidade, o que reflete negativamente em seu perfil de saúde, a CGAN firmou parceria com a Rede IBFAN Brasil (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network), a fim de conduzir a adaptação da EAAB para a realidade indígena, respeitando a visão de mundo e as especificidades culturais das diversas etnias.
Com a implantação da estratégia EAAB nos DSEI, espera-se que ocorra o fortalecimento das ações de promoção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida; e complementar até os dois anos ou mais. Essas são práticas que contribuem efetivamente para a redução da morbimortalidade infantil e para a consequente melhoria dos indicadores.
Até junho deste ano, ainda serão executados projetos pilotos em dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que serão desenvolvidos em conjunto com todos os parceiros envolvidos.
Comunicação SESAI
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