Notícias
Cresce em 219% o número de casos de dengue no Acre
Ministério da Saúde alerta estados, municípios e a população sobre o aumento de casos e os cuidados para combater o mosquito Aedes aegypti no país
O número de casos de dengue no estado do Acre cresceu 219% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados epidemiológicos do Ministério da Saúde. Até o dia 30 de março deste ano, o estado notificou 4.067 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram 1.273 casos. O Acre não registrou óbito em decorrência da doença neste ano. Tendo em vista o aumento dos casos, o Ministério da Saúde alerta que o sistema de vigilância de estados e municípios devem reforçar os cuidados para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O engajamento da população é imprescindível nesse combate.
Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir. São suficientes 15 minutos por semana para fazer a vistoria em toda casa e eliminar todos os possíveis focos do mosquito.
É possível eliminar o mosquito por meio de medidas simples, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d´água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas e pneus). É importante ficar atento também com a área externa de casa e condomínios, além das piscinas durante esse período.
Deve-se ainda manter piscinas e áreas de hidromassagem cobertas e manutenção periódica. Limpe ralos e canaletas externas. Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água. Atenção com plantas que podem acumular água, como bromélia e babosa. É importante lembrar que o ciclo de reprodução do Aedes aegypti, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias.
Além disso, as pessoas que costumam viajar com muita frequência, seja a trabalho ou a passeio também dever tomar as devidas precauções, além de usar repelentes e roupas claras durante a viagem.
SINTOMAS
Se você apresentar febre acompanhada de dor atrás dos olhos e na barriga, náuseas, coceira, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele ou dores nas articulações, procure uma unidade de saúde. Você pode estar com dengue, chikungunya ou zika. O Ministério da Saúde alerta que muitas doenças têm sintomas parecidos, então é importante ficar atento aos primeiros sinais e procurar rapidamente uma unidade de saúde.
ZIKA - Em 2019, até 23 de março, foram registrados no estado do Acre 83 casos de Zika, com uma incidência de 9,4 casos/100 mil hab. Em 2018, no mesmo período, foram registrados 6 casos prováveis.
CHIKUNGUNYA - Em 2019, até 30 de março, foram registrados 73 casos de chikungunya no estado, com uma incidência de 8,4 casos/100 mil hab. Em 2018, foram 48 casos.
AÇÕES DE COMBATE AO AEDES
As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Todas as ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e Controle para enfrentamento do Aedes, que atua em conjunto com outros órgãos, como o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República. A Sala Nacional articula com as Salas Estaduais e Municipais (2.166) as ações de mobilização e também monitora os ciclos de visita a imóveis urbanos no Brasil, que são vistoriados pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.
O Ministério da Saúde também oferece continuamente aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais. Entre janeiro e março deste ano, a pasta já enviou mais de 90 mil reações do teste Elisa para diagnóstico de dengue aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) estaduais. Para o diagnóstico das doenças zika e chikungunya, e também dengue, todos os laboratórios do país estão abastecidos com o teste em Biologia Molecular. Também são investidos recursos em ações de comunicação, como campanhas publicitárias e divulgação nas redes sociais, junto à população.
Para estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,73 bilhão em 2018. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios.
Por Alexandre Penido e Camila Bogaz, da Agência Saúde
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351