Notícias
ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Cuidando do coração na Atenção Básica
O Dia Mundial do Coração é dia 29 de setembro e o cuidado da saúde dele começa na Atenção Básica. O tema é questão de saúde pública no Brasil, pois as doenças cardiovasculares (DCV) são a primeira causa de mortalidade no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), representaram mais de 30% dos óbitos no mundo em 2015 e em países em desenvolvimento atingiram mais de três quartos das causas de morte.
Os brasileiros têm acesso à atenção primária por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS). É na unidade também que começará a cuidar da saúde, especialmente do coração. Caso descubra uma doença crônica, como a hipertensão, que tem uma influência importante nas doenças do coração, o paciente receberá tratamento e acompanhamento multiprofissional — médico, enfermeiro, nutricionista e de outros profissionais.
Nas UBS, locais construídos próximos às moradias e do trabalho de cada comunidade, o hipertenso vai ser acompanhado pela Equipe de Saúde da Família (eSF) continuamente. A partir do diagnóstico, o paciente terá a conduta terapêutica definida e acesso aos recursos necessários, incluindo os ao medicamento, se for o caso, para o controle da pressão arterial.
A partir da Atenção Básica, o usuário pode ser encaminhado ao especialista, se o caso necessitar, mas continuará sendo acompanhado pelo médico da unidade de referência. Desta forma, receberá cuidado integral.
Tratamento complementar
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) totalizam 29 práticas no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses recursos terapêuticos estão associadas à promoção da saúde por possuir elementos considerados essenciais para proporcionar qualidade de vida para as pessoas, como a estimulação do autocuidado e a visão ampliada do processo de saúde-doença, considerando a múltiplas causas para o adoecimento.
No diagnóstico e indicação das terapias, o sujeito é visto além da sua dimensão biológica. Cada prática possui aplicações diferentes e possuem benefícios variados. De forma geral, ampliam a oferta de cuidados dos serviços e ampliam o olhar dos profissionais, assim podem em cada caso, junto com a pessoa, decidir o melhor tratamento.
Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa (Acupuntura/ Tai Chi Chuan/ Lian Gong/ outras), Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga são práticas que podem ajudar no cuidado do coração, quando indicadas e acompanhadas por um profissional capacitado.
Alimentação saudável
O usuário hipertenso pode ser acompanhado também por um nutricionista na Atenção Básica. Esse profissional integra a equipe dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (Nasf-AB). A alimentação saudável é uma grande aliada para o tratamento e na manutenção de uma boa saúde.
Os grupos alimentares que ajudam na redução do risco cardiovascular são chamados de cardioprotetores. Em manual elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital do Coração (HCor), tem orientações para os profissionais de saúde sobre Alimentação Cardioprotetora, também chamada de Dica Br. O material foi elaborado com base em alimentos tipicamente brasileiros que ajudam a proteger a saúde do coração.
Esse manual segue as recomendações do Guia Alimentar, incluindo em suas orientações apenas alimentos in natura, minimamente processados e processados. Porém, para quem tem com algum risco cardiovascular devem receber orientações específicas para alimentação. Na cartilha sobre o tema, os pacientes têm as orientações de maneira resumida e simples de entender.
A Alimentação Cardioprotetora Brasileira pode ser feita por qualquer pessoa, mas é indicada especialmente para indivíduos com: excesso de peso ou obesidade, pressão alta, diabetes, colesterol alto, triglicérides alto, histórico de infarto e cirurgia do coração (pontes safena ou mamária) e histórico de derrame cerebral (AVC).
Este material tem como objetivo oferecer subsídios aos profissionais de saúde da Atenção Básica, de maneira individual ou coletiva, para que orientem a alimentação de indivíduos portadores de fatores de risco cardiovasculares, a fim de promover a saúde e apoiar a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros, a partir da alimentação tipicamente brasileira, utilizando-se de uma estratégia lúdica de orientação.
Materiais para consulta na Biblioteca Virtual do DAB
CAB - Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica
CAB - Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: Hipertensão Arterial Sistêmica
Alimentação Cardioprotetora - Manual de orientações para profissionais de saúde da Atenção Básica