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Saúde da mulher é destaque em congresso internacional
O XXII Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia FIGO reúne médicos de várias especialidades, durante uma semana, para debater ações e políticas públicas relacionadas à saúde da mulher em todo o mundo
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, participou, neste domingo (14), da abertura do XXII Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia - FIGO, no Rio de Janeiro (RJ). O evento, que segue até a próxima sexta-feira (19), é um dos maiores eventos globais sobre saúde materna e infantil. São esperados cerca de 15 mil médicos, como obstetras, ginecologistas entre outros profissionais da saúde. Durante uma semana, serão debatidos todos os aspectos da saúde da mulher no mundo, abrangendo a prática diária da asistência médicas e os mais recentes avanços e práticas de gestão e cuidado com a saúde da mulher.
"No Brasil, a preocupação com os direitos e saúde da mulher busca observar as diversas necessidades neste setor. Avançamos na legislação de combate a violência contra a mulher, nos direitos relacionados ao trabalho, como a licença maternidade, o que inclui o homem, e no apoio durante as todas as etapas da gestação, como o direito ao acompanhante durante o parto", destacou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
O Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia é um espaço para promoção do conhecimento em questões específicas da saúde das mulheres e ocorre a cada três anos em um país diferente. Após 15 anos, o evento retorna à América Latina - o último ocorreu no Chile, em 2003.
Após a abertura do Congresso, o ministro da Saúde se reuniu com a subsecretária da ONU e diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Natalia Kanem. No encontro, foi discutido a parceria entre Ministério da Saúde e UNFPA para o fortalecimento de ações e políticas públicas relacionadas à saúde da mulher nas américas.
Saúde da Mulher
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza às mulheres brasileiras cuidado integral e humanizado, com acolhimento oportuno e efetivo nos resultados de promoção da saúde, prevenção da doença, diagnóstico precoce e tratamento durante todo o seu ciclo de vida, proporcionando mais qualidade de vida e redução de mortes por causas preveníveis.
Esse cuidado é iniciado desde os primeiros momentos de vida e crescimento. O SUS oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e, já no início da adolescência e visando à prevenção de infecções com transmissão sexual e do câncer de colo de útero, é ofertada a vacina contra HPV para meninas de 9 a 14 anos. O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a disponibilizar também para meninos, de 11 a 14 anos, no Programa Nacional de Imunização.
Além disso, no que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva, o SUS disponibiliza nove tipos de métodos contraceptivos. Desde o ano passado, foi ampliado o acesso ao DIU no período pós-parto e pós-abortamento nas maternidades públicas.
Quando a mulher opta pela maternidade, o SUS garante o acompanhamento da gestante desde a confirmação de gravidez, consultas do pré-natal, incluindo o pré-natal do homem, exames e o parto, com foco na humanização do atendimento à mulher e sua família, até a atenção puerperal e aconselhamento para o planejamento reprodutivo.
REDE CEGONHA
Desde 2011, a estratégia Rede Cegonha visa a reorganização da rede e redução da mortalidade materna e infantil, na busca de garantir mais acesso, acolhimento e qualidade na atenção ao parto e nascimento. Atualmente 5.488 municípios implementaram a estratégia que tem a mulher como protagonista deste processo. Esta ação tem contribuído na redução das taxas de cesárea no Brasil, em queda desde 2015.
A redução das taxas de mortalidade materna e neonatal também é um compromisso assumido pelo Brasil. Ainda dentro da Rede Cegonha, foram implantados iniciativa como o Projeto Zero Morte Materna por Hemorragia e o Projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatalogia (APICE ON) com o objetivo de qualificar o manejo de emergências obstétricas e de fortalecimento das práticas obstétricas e neonatais fundamentadas em evidências científicas na atenção ao parto e nascimento em 97 hospitais de ensino, potenciais multiplicadores do processo.
Neste ano, também está em curso a implementação do projeto Parto Cuidadoso como um importante instrumento de monitoramento e avaliação das boas práticas nas maternidades e que permitirá a profissionais de saúde e gestores do SUS monitorar, avaliar e comparar indicadores de qualidade do cuidado ao parto e nascimento, incluindo as taxas de cesárea.
Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde
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