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Saúde Indígena
SESAI recebe a visita de ganhadora do Prêmio de Direitos Humanos 2018 do MDH
A pajé Mapulu Kamayurá, que recebeu ontem (21/11) o Prêmio Direitos Humanos 2018, foi recebida nesta quinta-feira (22/11) na sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), em Brasília, pelo secretário Marco Toccolini. Após conhecer as instalações do órgão do Ministério da Saúde (MS), Mapulu se reuniu com o secretário e outros colaboradores da SESAI, para discutir questões relativas à região do Xingu, no Mato Grosso.
O Prêmio Direitos Humanos é uma promoção do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) e Mapulu foi indicada para concorrer ao prêmio pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, por sua atuação nas aldeias, principalmente junto às mulheres. A pajé é guardiã da ancestralidade do povo Kamayurá e faz parte da Associação Indígena Hiulaya. Em 2018, Mapulu se destacou pela atuação como liderança indígena e pelo trabalho desenvolvido na preservação dos saberes tradicionais indígenas.
A cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos contou com a presença do presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, e homenageou outras 50 personalidades, entre eles: o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, além dos ministros Luís Roberto Barroso e Carmen Lúcia Rocha, também do STF, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Na SESAI, Mapulu conheceu os diversos departamentos da Secretaria e a sala reservada à força-tarefa de planejamento e execução da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (CNSI). Reunida com o secretário Marco Toccolini, a pajé falou sobre a integração entre a medicina clássica e a medicina tradicional indígena: “Vocês nos ajudam a tratar as doenças com a medicina dos brancos; a saúde espiritual é comigo”. Eles conversaram também sobre as condições atuais do Distrito Sanitário Especial Indígena Xingu (DSEI), que atende a população Kamayurá no Mato Grosso. A pajé pontuou os problemas pelos quais passa a região, principalmente no que se refere a medicamentos e estrutura.
Marcos Toccolini ressaltou que o Xingu é um dos DSEI que mais recebem atenção da SESAI, mas pondera: “Estamos conseguindo fazer um bom trabalho técnico para a reestruturação do DSEI, mas sabemos que ainda podemos fazer mais e que falta bastante coisa, principalmente no que se refere à qualificação da gestão local”. O secretário e a pajé também conversaram sobre a intenção de realizar um encontro de pajés, rezadores, raizeiros, parteiras e agentes de saúde do Alto Xingu, para fortalecer o papel político, social e cultural dos pajés e dar continuidade ao atendimento à saúde indígena e ao equilíbrio das comunidades e dos povos do Xingu.
A assessora do Controle Social Maial Paiakan Kaiapó fez um balanço da reunião: “O que ela levantou vai totalmente ao encontro do que [nós da SESAI] pensamos para o Xingu, principalmente sobre estruturação e apoio”.
Por Rafael Montenegro, da Comunicação SESAI
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