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Saúde Indígena
Gravatá sedia Etapa Distrital da Conferência Nacional de Saúde Indígena
Um ritual com participação de pajés de todos os povos indígenas de Pernambuco marcou o início da solenidade de abertura da etapa distrital de Pernambuco da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, na noite desta terça-feira (27), na cidade Gravatá, agreste pernambucano. Até o dia 30 de novembro, cerca de 300 delegados, entre usuários, trabalhadores, gestores e conselheiros distritais de saúde indígena, vão discutir o futuro da saúde indígena no país, com especial atenção às diretrizes que vão nortear a o aprimoramento da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI). Entre os presentes, o prefeito de Gravatá, Joaquim Neto, o coordenador distrital de Saúde Indígena, Antônio Fernando da Silva, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Pernambuco, Issô Truká, e o diretor do Departamento de Saneamento e Edificações da Saúde Indígena (DSESI∕SESAI), João Victório Feliciani, entre outros.
Os cerca de 300 participantes desta etapa distrital vão discutir um total de 101 propostas encaminhadas pelas conferências locais, divididas em sete eixos temáticos: Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde; Modelo de atenção e organização dos serviços de saúde; Recursos humanos e gestão de pessoal em contexto intercultural; Infraestrutura e saneamento; Financiamento; Determinantes da saúde; e Controle social e gestão participativa.
Diversos integrantes da mesa de abertura reconheceram o esforço do coordenador distrital de Pernambuco para a realização das etapas locais e da etapa distrital, mesmo tendo passado por problemas de saúde nos últimos dias. “O que me faz ter coragem para enfrentar os desafios do dia-a-dia é o apoio de vocês”, agradeceu, Antônio Fernando da Silva. Na fala da maioria, um consenso: a necessidade de união dos povos indígenas e dos trabalhadores e gestores para garantir o avanço na atenção à saúde indígena em todo o país.
Após a solenidade de abertura, Issô Truka e Carmem Pankararu, representante dos trabalhadores da saúde indígena, falaram conjuntamente aos participantes da conferência, lembrando os objetivos do encontro e os desafios a serem enfrentados no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do Sistema Único de Saúde (SasiSUS), como a integração dos sistemas de informação da saúde indígena aos sistemas de informação do SUS e a modelidade de contratação dos profissionais de saúde que atuam nas aldeias. Issô Truká também fez um historiamento do protagonismo indígena aos longos das conferências nacionais de saúde indígena, mostrando o crescimento da participação a cada edição, principalmente a partir da 3ª Conferência, o que representou mais um passo nos avanços representados pela Constituição de 1988, não só com relação à assistência em saúde, mas também à autodeterminação dos povos originários.
A programação da conferência de Pernambuco nesta quarta-feira começa com a leitura do Regulamento desta etapa distrital, que, em 20 artigos, prevê, entre outras coisas, o funcionamento dos grupos de trabalho, as regras para a votação de destaques e encaminhamentos de moções.
Por Beth Almeida, Comunicação Sesai
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