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Teste Rápido Molecular para tuberculose amplia rede de diagnóstico
Ministério da Saúde enviou mais 70 equipamentos para municípios selecionados, ampliando a cobertura de 92 para 128 cidades. O TRM-TB possibilita o diagnóstico da tuberculose em apenas duas horas
A Rede de Teste Rápido Molecular para diagnóstico de tuberculose (RTR-TB) do Sistema Único de Saúde (SUS) conta, agora, com 248 equipamentos de teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB). O Ministério da Saúde enviou mais 70 aparelhos para municípios selecionados previamente por critérios epidemiológicos e operacionais, ampliando a cobertura de 92 para 128 cidades, que respondem a aproximadamente 65% dos casos de Tuberculose.
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Ofertado no SUS desde 2014, esse exame, importante para o diagnóstico da tuberculose ativa, é realizado em apenas duas horas em ambiente laboratorial e, além do DNA do bacilo causador da tuberculose, detecta a resistência à rifampicina, principal droga do tratamento da doença. Para o diagnóstico da Tuberculose ativa, o SUS oferece ainda exames como a baciloscopia, cultura para micobactérias e teste de sensibilidade.
Com relação à infecção latente da tuberculose, o Ministério da Saúde vai adquirir, ainda neste semestre, 70 mil frascos-ampolas do PPD, produto utilizado no teste tuberculínico para auxiliar no diagnóstico da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB). O quantitativo é suficiente para atender a demanda nacional e melhorar o rastreamento da infecção latente.
Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para a tuberculose sensível e resistente, além do tratamento da ILTB, com uma variedade de medicamentos essenciais.
TRATAMENTO
A partir desse ano, estará disponível na rede pública de saúde para o tratamento, tanto da tuberculose ativa quanto da infecção latente, a isoniazida na apresentação de comprimidos de 300mg que permitirá a realização do tratamento com menor quantidade de comprimidos, passando de três para um comprimido diário, o que favorece a adesão ao tratamento. Vale ressaltar que esta nova apresentação beneficiará também alguns pacientes em tratamentos especiais da tuberculose, que já utilizam uma grande quantidade de comprimidos diários.
Com a Isoniazida 100mg, o paciente com infecção latente teria que ingerir três comprimidos diários durante todo o tratamento que dura de seis a nove meses. Para a implantação da Isoniazida 300mg na rede pública de saúde, o Ministério da Saúde vai financiar uma pesquisa, desenvolvida pela Universidade Federal do Espírito Santo e com apoio de pesquisadores externos nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal. O objetivo é conhecer o processo de utilização do medicamento, bem como a sua oferta em tempo oportuno pelos serviços de saúde, além de garantir a segurança do paciente com relação ao uso da nova apresentação do medicamento.
A previsão é que o estudo seja iniciado em maio e a distribuição do medicamento aos estados para utilização na rede pública de saúde se inicie no segundo semestre deste ano. Para isso, a pasta adquiriu 5 mil caixas da Isoniazida 300mg, que correspondem a 2,5 milhões de comprimidos.
CAMPANHA
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e estimular a adesão ao tratamento da doença, reduzindo a taxa de abandono, o Ministério da Saúde lança a campanha “Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose”. Para isso, o tratamento precisa ser feito até o final. O Brasil conseguiu atingir as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência e, em 2015, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035.
Acesse a campanha ‘Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose’
A campanha vai ao ar entre os dias 23 e 30 de março e visa conscientizar as pessoas a procurarem a unidade de saúde para o diagnóstico e os pacientes a realizarem o tratamento completo, para atingir a cura. Além disso, a campanha pretende alcançar, prioritariamente, os homens entre 30 e 40 anos de idade, das classes C, D e E por meio de um filme com um jingle e peças para internet, outdoors, tv aberta, rádio, jornal e revista.
“Essa campanha enfatiza que a responsabilidade pelo sucesso do tratamento não é somente do paciente, e deve ser compartilhada com a equipe de saúde, família e amigos. Todos são partes importantes no processo de cura da doença”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de combate à tuberculose, Denise Arakaki.
TESTE RÁPIDO
Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no país a Rede de Teste Rápido para Tuberculose (RTR-TB), que utiliza a técnica de biologia molecular PCR em tempo real. Denominado “Teste Rápido Molecular (TRM), conhecido como Xpert MTB/Rif ®”, o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento.
Foram distribuídos 248 equipamentos para laboratórios de 128 Municípios, em todas as unidades da federação. Os municípios escolhidos notificam, anualmente, cerca de 65% dos casos novos de tuberculose diagnosticados no país. O investimento inicial do Ministério da Saúde para estas ações foi de cerca de R$ 17 milhões. Para monitorar a implantação desta rede, mensurar a realização dos testes e auxiliar a vigilância epidemiológica da doença, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose publicou, em dezembro de 2015, um relatório em que estão descritas as principais atividades desenvolvidas pelos programas de controle da doença (nacional, estadual e municipal) e laboratórios municipais e centrais no primeiro ano de implantação da RTR-TB.
Além disso, o Ministério da Saúde vai adquirir 70 mil frascos-ampolas do PPD, produto utilizado no teste tuberculínico para auxiliar no diagnóstico da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB). O quantitativo é suficiente para atender a demanda nacional e melhorar o rastreamento da doença.
CASOS
Em 2017, foram registrados 69,5 mil casos novos e 13.347 casos de retratamento (abandono ao tratamento) de tuberculose no Brasil. Em 2017, o coeficiente de incidência da doença foi de 33,5/100 mil habitantes em 2017. Os estados com maior proporção de retratamentos foram Rio Grande do Sul (23,3%), Rondônia (19,9%) e Paraíba (19,5%).
Nesse mesmo ano, o percentual de cura de casos novos foi 73%, maior do que se comparado ao ano de 2015 (71.9%). Os estados do Acre (84,2%), São Paulo (81,6%) e Amapá (81,7%) alcançaram os maiores percentuais de cura no mesmo ano. Em relação ao abandono, em 2016, o percentual foi 10,3%, duas vezes acima da meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde (<5,0%).
Em 2016, foram registrados 4.426 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade igual a 2,1 óbitos/100 mil hab., que apresentou queda média anual de 2,0% de 2007 a 2016.
No ano passado, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, que ratifica o compromisso com a Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir a incidência da doença na população mundial, que hoje é de aproximadamente 100 casos para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar, até o ano de 2035, a menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Juntamente com a redução da incidência, o Brasil também assume o compromisso de reduzir o coeficiente de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.
Por Ana Cláudia Amorim, da Agência Saúde
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